O Papa Francisco, que chegou ao Iraque nesta sexta-feira, vai encontrar-se com uma das mais proeminentes figuras do islamismo xiita, o aiatola Ali al-Sistani, rival do líder supremo iraniano, o aiatola Ali Khamenei. O encontro, que foi preparado nos bastidores até ao mais ínfimo pormenor, está assim rodeado de fortes expectativas – numa altura em que a questão iraniana está na ordem do dia.
No topo da agenda está a possibilidade de Ali al-Sistani promover a solidariedade para com a cada vez menor minoria cristã do Iraque, assegurando-lhe a própria existência no quadro de uma sociedade em constante confrontação e em que os ataques de milícias xiitas pró-iranianas se sucedem.
Ali al-Sistani, de 90 anos, tem sido um contrapeso consistente à influência iraniana tanto no interior do xiismo, como nas relações com outras fações islâmicas. Com a reunião, o Papa Francisco está implicitamente a reconhecer Ali al-Sistani como o principal interlocutor do islamismo xiita, dizem os analistas – deixando um lugar subalterno a Ali Khamenei.
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