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Papa Francisco manda cortar salários de cardeais para salvar empregos no Vaticano

A estratégia chega numa altura em que a Santa Sé tem sido fortemente penalizada pela pandemia uma vez que se registou uma quebra substancial nas receitas. As contas públicas do Vaticano deverão fechar 2020 com um défice de cerca de 50 milhões de euros. 
24 Março 2021, 14h11

O Papa Francisco decidiu cortar em 10% os salários dos cardeais e reduzir entre 3 a 8% os vencimentos de outros membros do clero como forma de salvar os empregos no Vaticano.

A estratégia chega numa altura em que a Santa Sé, tal como indica o comunicado divulgado esta quarta-feira, tem sido fortemente penalizada pela pandemia uma vez que se registou uma quebra substancial nas receitas. Segundo a nota do pontifício, as medidas deverão entrar em vigor a partir de 1 de abril.

Este plano de reestrututação irá afetar, unicamente, estes dois grupos de trabalhadores, indica um funcionário à “Reuters”, garantindo que os trabalhadores de baixo e médio rendimento não serão afetados. Segundo as contas da agência, os cardeais que residem no Vaticano ou em Roma poderão auferir entre 4 a 5 mil euros por mês.

A garantia relembra também que o próprio Papa tem insistido sistematicamente ser contra o despedimento de recursos humanos.

Quanto aos aumentos salariais, estes ficarão suspensos até março de 2023. Até lá, o Vaticano poderá ser forçado a usar 40 milhões de euros em reservas pelo segundo ano consecutivo, enquanto a pandemia Covid-19 continua a prejudicar as finanças da Igreja. As contas públicas do Vaticano deverão fechar 2020 com um défice de cerca de 50 milhões de euros.

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