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Para onde irão os detritos das obras do Novo Hospital?

Então, não faz sentido que se defenda uma rede pública, urgente, de aterros ou vazadouros, em todos os municípios, para descarga e adequada gestão de resíduos?nÉ necessário e urgente disciplinar esta atividade, de modo a que se proteja a população e se conserve o meio ambiente, tendo em conta todos os necessários requisitos técnicos da sua instalação, requisitos estruturais e requisitos ambientais.
3 Abril 2019, 07h15

Está inscrito no “Plano Regional da Política de Ambiente” (PRPA) que um dos problemas ambientais mais graves na Região é o resultante da “produção de terras e de entulhos, dado que são escassos os locais adequados de deposição”, pois há que admiti-lo, a nossa orografia não é condescendente com a necessidade da implementação de uma rede pública de aterros na Região Autónoma da Madeira. Para mais tendo em conta que as obras públicas são responsáveis pela movimentação de grandes volumes de terra e na maioria das vezes “num curto espaço de tempo, o que dificulta muito a sua deposição em condições apropriadas e a custos suportáveis” e que, a agravar, em breve se iniciarão as obras do Novo Hospital (NH) das quais se prevê a produção de cerca de mil metros cúbicos de depósitos.

Para onde irá então tanto entulho, se a capacidade de resposta de aterros na Região está aquém do necessário? Irá atirar-se tudo para o mar como aconteceu com os resíduos das obras do aeroporto? Ou para locais de proteção ambiental, como o Parque Natural da Madeira? Para onde irão as terras e entulhos oriundos das diversas obras, públicas ou privadas, ou resíduos inertes de construção e demolições da nossa Região? Que soluções alternativas vislumbra o Governo Regional (GR) para esta situação? Há um lugar devidamente preparado para acolher este material de movimento de terras?

Para mais quando o PRPA exige um planeamento adequado, e que até já foi prometido pelo GR, mas até hoje continua a assistir-se a atentados na orla costeira regional, sem qualquer proteção marítima e à espera que o mar leve com o tempo as terras ali depositadas…Então, não faz sentido que se defenda uma rede pública, urgente, de aterros ou vazadouros, em todos os municípios, para descarga e adequada gestão de resíduos?
É necessário e urgente disciplinar esta atividade, de modo a que se proteja a população e se conserve o meio ambiente, tendo em conta todos os necessários requisitos técnicos da sua instalação, requisitos estruturais e requisitos ambientais.

O GR deve envidar todas as medidas para determinar áreas aptas a afectar a uma rede de aterros; tem de elaborar ou requerer estudos técnicos; elaborar programas de reutilização das terras removidas e despejadas; coordenar e gerir movimentos de terras provenientes das diversas construções e obras públicas, e privadas; acompanhar o funcionamento de cada aterro ou vazadouro e propor modalidades de uso e boa gestão de aterros ou vazadouro.
Porque o ordenamento e a preservação ambiental é um imperativo das entidades governamentais!

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