Trump anunciou na quarta-feira que irá mesmo avançar com tarifas de 25% sobre todos os automóveis e componentes importados a partir de 3 de abril, lançando o sector numa rota de colisão que afetou marcas europeias, chinesas e norte-americanas. O sentimento dos investidores piorou assinalavelmente, temendo que as exceções sugeridas durante a semana não se materializem e que a situação se agrave perante as ameaças do presidente à UE e ao Canadá.
O anúncio gerou ondas de choque em várias geografias, com o sector a desvalorizar em bolsa de forma transversal, com a principal exceção a ser a Tesla. O fabricante detido por Musk produz os seus veículos no Texas e na Califórnia, sendo afetado apenas pela parte dos componentes. Para marcas estrangeiras como a KIA, Hyundai (que até anunciou recentemente um investimento de 21 mil milhões de dólares nos EUA) ou Volkswagen, que até têm fábricas nos EUA, e empresas domésticas como a GM ou Ford, a elevada dependência de outros países (sobretudo do México) coloca-as sob sério risco.
Em resposta, os dirigentes alemães já pediram uma retaliação forte, sendo este dos países mais afetados. O presidente francês Emmanuel Macron alertou Trump para o “efeito inflacionista” e destruição de trabalhos que esta opção causará, enquanto o primeiro-ministro britânico Keir Starmer mostrou mais contenção, falando numa situação “em aberto”.
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