A participação de Portugal em projetos da NASA é uma oportunidade para a economia nacional. O país tem participado em missões como a segurança do telescópio espacial James Webb, e tem empresas portuguesas envolvidas em projetos da Agência Espacial Europeia, mas é possível fazer mais. Quem é o diz é Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa na 12.ª edição do AED Days decorre sob o tema “The Aeronautics, Space and Defence Industries in the New Global Geopolitics” e reúne o ecossistema português dos setores da Aeronáutica, Espaço e Defesa, juntamente com os principais atores internacionais destas indústrias.
O evento realiza-se entre os dias 3 e 5 de junho, em Oeiras e constitui uma plataforma para debater os desafios atuais e futuros destes setores e fomentar novas oportunidades de colaboração.
“Portugal tem participado em grandes missões e investigações. A parceria com a NASA é uma oportunidade para a nossa economia”, referiu, salientando que a Europa precisa de investir mais na indústria espacial para enfrentar os atuais desafios mundiais. “A paz já não é a normalidade, mas sim a guerra e este cenário tem de ser um alerta para a Europa”, sublinhou.
Ricardo Conde realça que a segurança é o principal pilar da sociedade moderna, numa altura em que o mundo lida com um momento complexo da sua existência. “Temos de defender a nossa liberdade, a nossa democracia, de reduzir as burocracias e começar a ter ações. Esta é a nossa prioridade”, afirma.
O presidente da AEP defende que é preciso avançar nos próximos passos para a Europa que queremos no futuro. “Temos de construir uma resiliência europeia, em particular no espaço. Se queremos desempenhar um papel no novo contexto económico temos de olhar para o próximo espaço económico. Se queremos dominar o espaço temos de ter um pilar de acesso e colocar o ser humano no espaço, os nossos astronautas”, salienta.
No entanto, Ricardo Conde diz que a Europa não consegue ser competitiva com os Estados Unido e a razão para isso é porque somos 27 nações e não apenas uma só.
“Nos Estados Unidos, 50% do investimento é no espaço, na Europa é apenas de 15%. Temos de baixar a febre das regulações e de agir. Precisamos de escala na Europa, de integrar os países mais pequenos. Esse é o desafio”, refere.
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