O Parlamento do Irão recomendou hoje o fecho do Estreito de Ormuz, cuja decisão final compete ao líder supremo da república islâmica, o ayatollah Ali Khamenei.
Reunida após o envolvimento militar dos Estados Unidos na ofensiva desencadeada por Israel contra o Irão, atacando instalações nucleares do país, a Assembleia Consultiva Islâmica, o parlamento iraniano, recomendou o encerramento daquele que é um dos principais corredores comerciais e económicos do mundo.
A decisão ainda precisa de ser ratificada por outros órgãos iranianos, incluindo o Conselho Supremo de Segurança Nacional, segundo explicou um deputado e general iraniano ouvido pela agência espanhola EFE.
O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, tem uma largura que varia entre os 54 quilómetros e os 100 quilómetros. O seu encerramento teria graves implicações ao nível do comércio mundial e em termos energéticos. Por aí passa cerca de 20% do petróleo mundial uns 20 milhões de barris que se destinam aos Estados Unidos e à Europa, mas também à China, Índia e Japão, provenientes da Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Iraque e o Kuwait.
O preço do petróleo disparou logo ao dia 13 de junho, quando Israel atacou o Irão, e, desde então, não parou de subir. Esta sexta-feira, antes do bombardeamento dos três centros nucleares iranianos por parte dos Estados Unidos, o barril de Brent, que serve de referência à Europa, fechou nos 77,2 dólares, o correspondente a 67 euros, um valor que dispararia para níveis estratosféricos caso o Estreito de Ormuz viesse a ser encerrado.
A expetativa persiste, apontando os especialistas para uma abertura em alta dos mercados amanhã de manhã.
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