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Parlamento debate hoje subsídio de risco das forças de segurança em clima de tensão

Os partidos debatem esta quinta-feira à tarde, 4 de julho, a revisão do suplemento de missão para as forças de segurança, a pedido do Chega, sendo esperados protestos cá fora. Segundo a CNN Portugal, pelo menos “um sindicato” da polícia e dois movimentos inorgânicos disseram sim à mobilização pedida por André Ventura. PSP vai reforçar policiamento cá fora.
José Sena Goulão/ Lusa
4 Julho 2024, 10h11

O Parlamento debate esta quinta-feira, 3 de julho, a partir das 15h00, a pedido do Chega, vários projetos de lei que visam responder à reivindicação das estruturas sindicais da PSP e GNR para que o aumento faseado do subsídio seja de 400 euros.

Junto à Assembleia da República são esperados protestos policiais em adesão ao pedido de André Ventura para se mobilizarem durante a sessão plenária. Segundo a CNN Portugal, pelo menos “um sindicato” da polícia e dois movimentos inorgânicos disseram sim ao pedido de André Ventura para se mobilizarem durante a sessão plenária. A direção nacional da PSP também confirmou ao canal “um reforço do policiamento junto à Assembleia da República”, ressalvando, no entanto que o procedimento é normal sempre que “se prevê interesse nos temas em debate”.

A tensão entre as forças da PSP e GNR e o Governo subiu de tom esta terça-feira, quando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que não vai adicionar “nem mais um cêntimo” à proposta que está em cima da mesa e que representa, nas suas palavras, “um esforço medonho” ao país.

A proposta prevê um aumento faseado até 2026 de 300 euros mensais no suplemento de serviço e risco das forças de segurança, pago 14 vezes ao ano. Os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

No terceiro ano, este aumento representaria um acréscimo de 210 milhões de euros brutos na despesa anual do Estado.

As negociações entre a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e os sindicatos da PSP e da GNR dura há três meses, mas o problema da remuneração de polícias, guardas e guardas prisionais, considerado a herança mais pesada recebida por Luís Montenegro, teve origem em 2023, quando o Governo de António Costa deu aos inspetores da Polícia Judiciária um suplemento de missão, na qual está incorporada a componente de risco, no valor de  1026 euros por mês, mais 548 do que o valor que auferiam até então.

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