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Parlamento pede mais intervenção em trilhos degradados na Madeira

A Assembleia Legislativa da Madeira discutiu um voto de protesto do PTP sobre a falta de segurança das levadas. O PSD não acompanhou esse voto e o PS decidiu abster-se. No debate apelou-se à necessidade de mais sinalética nos percursos e a uma maior aposta na prevenção.
15 Janeiro 2019, 10h47

Uma maior intervenção nos trilhos que se encontram degradados na Madeira, e mais sinalética nas levadas, foram algumas das recomendações deixadas pelas bancadas da oposição, na sequência da discussão, na Assembleia Legislativa da Madeira, de um voto de protesto, do PTP, contra a falta de segurança nas levadas.

“As verbas são insuficientes para dar resposta à quantidade de percursos pedestres que existem na Madeira. Alguns deles estão num estado lastimável e com falta de segurança”, alertou Rafael Nunes, deputado do JPP.

Os alertas do deputado do JPP foram acompanhados por Sílvia Vasconcelos, do PCP, que acrescentou que alguns percursos “estão mal sinalizados e poucos reparados” em alguns segmentos de piso.

“Esta situação contribui para a insegurança nestes percursos. É preciso intensificar uma nova cultura de prevenção para aqueles que utilizam as levadas da Madeira”, defendeu a deputada do partido comunista.

A este apelo juntou-se o BE, que através de Roberto Almada, chamou a atenção que existem trilhos que “precisam ser intervencionados” devido a situação precária.

O deputado independente, Gil Canha, apelou a que o Governo Regional disponibilizasse junto das unidades hoteleiras informação aos turistas sobre os perigos dos trilhos e das levadas.

“É preciso investir mais na prevenção”, reforçou o deputado independente.

O CDS-PP apesar de ter reconhecido as críticas apresentadas pelo voto de protesto do PTP, admitiu também que o Governo Regional tem feito alguma coisa nesta matéria e que o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) tem trabalhado na melhoria dos trilhos e na segurança das levadas e na recuperação dos postos florestais e das casas de abrigo.

“Estas são medidas que contribuem para a segurança de quem faz estes percursos”, disse José Manuel Rodrigues, deputado do CDS-PP.

Este voto de protesto contudo não foi acompanhado pelo PSD ao referir que os argumentos utilizados para sustentar a falta de segurança das levadas da Madeira “não correspondem” à realidade.

“Há riscos inerentes a quem procura os trilhos de montanha. Há também caminhantes mal informados que não respeitam as normas de conduta para estes percursos”, sublinhou Élvio Encarnação do PSD.

“Nunca o Governo Regional investiu tanto em percursos pedestres”, disse o deputado social democrata.

O PS decidiu abster-se deste voto de protesto mas chamou a atenção para o perigo que representam as levadas apesar do valor que possuem para a indústria turística.

“É natural que os turistas queiram visitar levadas mas elas são perigosas. Muitas vezes não são seleccionados os melhores percursos tendo em conta as condição física dos visitantes”, realçou Victor Freitas, do PS.

“Os riscos não serão de todo eliminados. Contudo é preciso investir nos percuros e dar mais garantias de maior segurança”, acrescentou o socialista.

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