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Participantes na cimeira de Paris tentam impedir a paz na Ucrânia, diz a Hungria

Ministro das Relações Exteriores afirma que “estes países são a favor da guerra, apoiaram a estratégia errada de sanções na Europa”. Entretanto, o primeiro-ministro húngaro vai encontrar-se com representantes da AfD, a extrema-direita germânica.
Hungarian Prime Minister Viktor Orban speaks as he arrives for an EU summit in Brussels, Belgium December 10, 2020. John Thys/Pool via REUTERS
17 Fevereiro 2025, 16h54

Os participantes da cimeira de emergência europeia sobre a Ucrânia, a acontecer neste momento, farão todos os possíveis para impedir uma resolução pacífica do conflito, declarou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, durante uma visita ao Cazaquistão. “Hoje, Paris sedia uma reunião daqueles que têm constantemente a atirar lenha para a fogueira da guerra na Ucrânia nos últimos três anos. Esses países são a favor da guerra, apoiaram a estratégia errada de sanções na Europa. Esses Estados têm constantemente intensificado o conflito. as partes que apoiam a guerra estão reunindo em Paris, e opõem-se à paz e a Donald] Trump, disse, depois de se encontrar com o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Murat Nurtleu.

A presidência francesa disse, de forma oficiosa, que a convocação da cimeira de emergência desta tarde em Paris sem o concurso de todos os 27 países da União Europeia era precisamente para escapar à evidencia de que um encontro de todos iria resultar numa reunião sem consenso e, por isso, sem qualquer interesse prático no que tem a ver com os assuntos que estão em debate – desde logo as ações que permitam aumentar o apoio a Kiev e ao presidente Zelensky.

As declarações do ministro húngaro são em tudo idênticas às que esta manhã foram produzidas pelo seu homólogo russo, segundo o qual os Estados Unidos desempenharam um papel importante no conflito da Ucrânia desde o início, e a Rússia vê o envolvimento de Washington numa resolução como uma oportunidade potencial.

“Se os países europeus tentarem “negociar” um cessar-fogo para rearmar a Ucrânia, não faz sentido permitir que participem das negociações”. O Ocidente não poderá “sentar e esperar sob o ‘guarda-chuva nuclear'” e terá que responder pelas suas “ações ilegais de apoio ao regime nazi na Ucrânia”.

Num contexto em que é simples identificar os vazos comunicantes entre temas que aparentemente têm pouco a ver uns com os outros, ficou esta segunda-feira a saber-se, segundo os jornais do país, que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, temn uma reunião marcada com Alice Weidel, colíder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), em Budapeste. Segundo estas fontes, o motivo do encontro – que se dá a poucos dias das eleições federais germânicas – tem a ver com a crise de imigratória europeia.

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