O ministro das Finanças da Irlanda e atual presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, foi reeleito esta segunda-feira líder do fórum informal dos governantes da moeda única, após os outros dois concorrentes se terem retirado da ‘corrida’. “O Eurogrupo elegeu, por consenso, Paschal Donohoe, ministro das Finanças da Irlanda, como seu presidente para um terceiro mandato. O seu novo mandato, com a duração de dois anos e meio, terá início em 13 de julho de 2025”, indica em comunicado o Eurogrupo.
Citado na nota, Paschal Donohoe afirmou que “tem sido uma grande honra e privilégio exercer o cargo de presidente do Eurogrupo desde 2020. Estou muito grato aos meus colegas ministros pela confiança que depositaram em mim para continuar a liderar o nosso importante trabalho durante um terceiro mandato”.
O espanhol Carlos Cuerpo e o lituano Rimantas Sadzius abandonaram as suas candidaturas para liderar o Eurogrupo, abrindo caminho para que Paschal Donohoe garantisse um terceiro mandato à frente do grupo de 20 ministros das Finanças da zona euro. Cuerpo, o ministro da Economia espanhol, anunciou o abandono da campanha na tarde desta segunda-feira, o que foi seguido pelo lituano.
“Temos tentado reunir apoio nas últimas semanas, incluindo conversas nos fins de semana, e os números não chegam, de alguma forma, aos 11 votos de que precisávamos”, disse Cuerpo, citado pelas agências internacionais. Era o mais forte candidato em relação ao irlandês Donohoe, mas, mesmo assim, desistiu. “É por isso que decidimos que, uma vez que esses votos não foram garantidos, é realmente melhor para o Eurogrupo evitar a fragmentação”, afirmou.
Sadzius, que é ministro das Finanças da Lituânia, assumiu a mesma posição logo de seguida, dizendo que também renunciava para favorecer a reeleição de Donohoe por unanimidade. “Paschal Donohoe tem um apoio muito forte, e nem eu nem o ministro Cuerpo temos o mesmo”, disse Sadzius. Mesmo assim, não quis deixar de criticar de alguma forma o ‘novo’ líder do Eurogrupo, recordando que Donohoe, um conservador, foi criticado pela sua abordagem demasiado cautelosa e baseada em consensos e enfrenta “uma forte pressão de todos os lados para ser mais dinâmico e mais focado”. Sadzius pediu ao irlandês que organize reuniões mais curtas e coordene melhor o Eurogrupo com uma configuração mais eficaz dos encontros dos ministros das Finanças, conhecidos como Ecofin.
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