[weglot_switcher]

Pasogal anuncia acordo com TAP para Groundforce receber sete milhões de euros (com áudio)

O acordo foi hoje anunciado pela empresa de Alfredo Casimiro e vai permitir pagar os salários em atraso de fevereiro e ficar com dinheiro em caixa para pagar os ordenados de março.
Trabalhadores da Groundforce concentrados junto ao Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, 05 de março de 2021. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
18 Março 2021, 14h36

A Pasogal anunciou hoje que chegou a acordo com a TAP para a Groundforce receber sete milhões de euros. Este valor permite pagar os salários em atraso de fevereiro e também ficar já com dinheiro em caixa para os ordenados de março.

“O acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início. A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2.400 famílias”, segundo comunicado divulgado pela empresa de gestão de bagagens, carga e passageiros.

“Resolvida a urgência, a Groundforce continuará a empenhar os seus melhores esforços, certamente com o apoio dos acionistas Pasogal e TAP, no sentido de resolver a questão de fundo. É preciso criar as condições para que a empresa possa desenvolver tranquilamente a sua atividade, como aconteceu nos últimos 8 anos, preservando os postos de trabalho e o valor criado”, de acordo com a empresa detida por Alfredo Casimiro.

A Pasogal diz acreditar que “depois destas difíceis semanas, contará com a celeridade das entidades oficiais para a concretização do empréstimo com o aval do Estado que permitirá recuperar, de forma definitiva, o normal funcionamento da empresa”.

A Serviços Portugueses de Handling (SPdH)/Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, com o grupo TAP a deter 49,9%, com a companhia aérea a ser detida em 72% pelo Estado português.

Este acordo prevê que a TAP compre os equipamentos da SPdH/Groundforce por sete milhões de euros, sabe o Jornal Económico.

Este valor permite à empresa de assistência a passageiros, cargas e bagagens nos aeroportos nacionais pagar os ordenados em atraso de fevereiro e também ficar com dinheiro em caixa para pagar os ordenados de março.

O equipamento é depois alugado de volta pela TAP à SPdH para ser usado na sua operação. Além de acionista minoritário, a TAP é também o maior cliente da Groundforce, sendo responsável por 70% da operação.

A proposta de venda dos ativos precisava de ser aprovada por maioria no conselho de administração da SPdH/Groundforce, constituído por cinco administradores: três nomeados pela Pasogal – incluindo Alfredo Casimiro – e dois pela TAP.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.