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Passe ferroviário verde pretende abranger 100 milhões de viagens

Segundo os dados da CP, o primeiro dia do passe ferroviário verde perfez a compra de 2.230 assinaturas deste novo passe, até às 18h de segunda-feira.
Jose Manuel Ribeiro / Reuters
22 Outubro 2024, 07h30

O passe ferroviário verde já entrou em vigor, no dia 21 de outubro, medida que foi anunciada pelo primeiro-ministro e abrange atualmente 90 milhões de viagens. Segundo o ministério das Infraestruturas, é esperado que este número cresça em mais de 10 milhões de viagens.

Segundo os dados da CP, o primeiro dia do passe ferroviário verde perfez a compra de 2.230 assinaturas deste novo passe, até às 18h de segunda-feira, tendo nos primeiros 15 dias de outubro triplicado as vendas do cartão CP+, obrigatório para poder adquirir o passe, com um total de 3.769 cartões vendidos, segundo o “Público”.

A compra deste cartão tem um preço de seis euros ou três euros para os estudantes, sendo depois possível carregá-lo para obter o passe ferroviário, que tem um custo de 20 euros mensais. No entanto também pode ser adquirido para 60 dias, por um custo de 40 euros e por 90 dias por 60 euros.

Este pode ser utilizado por residentes no país, em comboios da CP, nomeadamente Intercidades (2.ª classe), Regionais, InterRegionais (2.ª classe), urbanos de Coimbra, Lisboa e Porto que estejam fora da área metropolitana.

Para ser utilizado nos serviços intercidades é necessária uma reserva obrigatória de lugar com uma antecedência de 24 horas, que pode ser feita nas bilheteiras da CP ou nas máquinas de venda automática de Lisboa.

Nas viagens de Intercidades é possível reservar, no máximo, dois lugares para viagens distintas por dia.

O passe não pode ser utilizado nos serviços Alfa Pendular, Internacional Celta e em primeira classe dos serviços Intercidades e InterRegional.

Apesar de já ter entrado em vigor, a medida levantou algumas questões, nomeadamente no que toca ao aumento da procura pelos serviços da CP, e de, possivelmente, não existirem comboios suficientes para dar resposta. Na opinião do ministro das Infraestruturas, “as primeiras semanas serão de enorme pressão, mas será um melhor serviço para todos os portugueses “, revelou à CNN.

“As medidas foram modeladas ao longo dos últimos meses para garantir que temos a oferta necessária para a procura que vem”, revelou o governante. No entanto, Miguel Pinto Luz afirma que o Governo vai estar atento à situação e vai “trabalhar em medidas para mitigar” a pressão que se possa sentir em algumas linhas. Com esta medida, o ministro avança que vai ser “essencial” adquirir mais comboios.

Outra das questões está relacionada com as perdas de receita da CP, embora o ministro Miguel Pinto Luz tenha garantido que “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”.

Para além desta garantia dada pelo ministro, a empresa de comboios de Portugal vai receber, todos os anos, cerca de 19 milhões de euros do Estado, via contrato de serviço público.

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