Patrões admitem aumentar salários além do acordo se houver redução da carga fiscal em 2024

Armindo Monteiro, o novo presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) admitiu em entrevista à “Antena 1” e “Jornal de Negócios” que uma efetiva redução da carga fiscal para as famílias e empresas pode fazer com que os patrões vão além das metas estabelecidas no acordo de rendimentos.

Desta forma, o patrão dos patrões considera que é possível que, mediante o nível desta redução da carga fiscal, as empresas possam aumentar mais não só o salário mínimo como os salários em termos gerais. Caso não haja qualquer mudança significativa em sede de OE2024, o salário mínimo passa para 810 euros e os aumentos não irão além de 4,8% (mesmo que a inflação fique abaixo do valor previsto).

Perspectivando aquelas que poderão ser as medidas fiscais referentes ao próximo Orçamento do Estado, Armindo Monteiro espera que este não seja apenas um instrumento financeiro para cobrar mais impostos e desafia o Governo a “cumprir a sua parte” de forma a que as empresas tenham “capacidade de ir mais além nos aumentos salariais”.

O novo presidente da CIP critica o Governo de ter “lucros excessivos” e de estar apenas preocupado em reduzir a dívida pública.

Empreendedor que fez carreira nos setores das tecnologias e da construção civil, a que acrescentou a vida associativa, Armindo Monteiro, que tomou posse em abril deste ano (rendendo António Saraiva) está na CIP em representação da ANETIE – Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica.