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Paulo Sá Cunha diz que saída da Cuatrecasas se deve a “timings de carreira”

O advogado fará parte da equipa jurídica da CEO demissionária da TAP, Christine Ourmières-Widener.
3 Abril 2023, 17h45

O advogado Paulo de Sá e Cunha cessou, por mútuo acordo, o contrato com a Cuatrecasas, sociedade da qual fazia parte há mais de uma década, para representar a ainda CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, em matérias de contencioso penal, avançou o jornal online “Eco” e confirmou o Jornal Económico (JE).

Paulo Sá e Cunha disse ao JE que a saída da Cuatrecasas “não tem rigorosamente nada a ver” com a integração que fez no início deste ano, da sociedade Serra Lopes, e a reorganização que daí surgiu. “É sobretudo uma questão de idade. São timings de carreira”, afirmou ao JE.

O advogado irá manter o cargo de presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, o órgão jurisdicional supremo da instituição, que tem competência para “julgar os recursos das decisões dos Conselhos de Deontologia em matéria disciplinar e para dar laudo sobre os honorários a pedido dos tribunais, dos advogados ou dos seus constituintes”, de acordo com a informação que consta na página oficial da Ordem.

“A Cuatrecasas agradece ao Dr. Paulo de Sá e Cunha o seu trabalho ao longo dos últimos 16 anos como coordenador da área de Direito Penal e Compliance, desejando-lhe os maiores sucessos pessoais e profissionais. A sociedade continuará a apostar no desenvolvimento desta área de prática assegurando, naturalmente, a prestação de serviços jurídicos de elevada qualidade aos seus clientes”, garantiu o escritório liderado por Nuno Sá Carvalho, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Paulo de Sá e Cunha estava na Cuatrecasas, Gonçalves Pereira desde 2006 e era sócio do escritório desde 2008. Do seu percurso profissional consta ainda a responsabilidade pelo Departamento Jurídico do SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (1998–2002) e a chefia de gabinete do secretário de Estado da Administração de Saúde (1989-1990).

Inscrito na Ordem dos Advogados Portugueses desde 1988, foi membro fundador da APDI – Associação Portuguesa de Direito Intelectual e da Gestautor – Associação de Gestão Coletiva do Direito de Autor, membro da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores, bem como membro fundador e ex-vice-presidente do OSCOT – Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo e presidente da mesa da Assembleia Geral do Fórum Penal – Associação dos Advogados Penalistas.

No seu currículo tem ainda o cargo de professor associado de Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1993-1997) e docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1986–1993) e na Faculdade de Direito da Universidade Lusíada (1992- 2000). Na Ordem dos Advogados, fez parte do conselho regional de Lisboa (2010–2013).

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