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Paz não vai alterar tudo no maior conflito europeu em 50 anos

A geografia mantém-se, com a mesma vizinhança hostil, a corrida global às armas vai prosseguir e o país continuará a necessitar de ajuda internacional massiva, agora para a reconstrução.
23 Fevereiro 2025, 14h00

Depois de 1.093 dias de guerra, que hoje se cumprem, de mais de 100 mil militares mortos de ambos os lados, e quatro vezes mais feridos, e de mais de 500 mil milhões de dólares (cerca de 477,7 mil milhões de euros) atirados para o conflito, parece haver um caminho para acabar com os combates.

“Tudo indica que foi iniciado o caminho que vai levar ao fim da guerra, o que não é o mesmo que dizer que conduzirá à construção da paz”, diz ao Jornal Económico (JE) Joana Ricarte, coordenadora da Licenciatura em Relações Internacionais do Piaget em Viseu. “Estamos a caminho de negociações que poderão levar a um cessar-fogo, que seria o terceiro. No começo da guerra tivemos um cessar-fogo para as negociações na Bielorrússia e na Turquia; outro durante a vigência do acordo dos cereais e este poderá ser o terceiro”, diz Tiago André Lopes, professor de Relações Internacionais na Universidade Lusíada do Porto. “O fim da guerra é ainda incerto, mas é também mais provável neste momento do que nos últimos 35 meses”, acrescenta.

Pelo menos, ‘negociação’ passou a ser o termo mais proferido e o campo de disputa. Mas conseguindo-se a paz, ou, pelo menos, o cessar-fogo, não haverá um retorno ao mundo anterior à guerra. A corrida generalizada às armas não parece ter retorno plausível (as encomendas foram feitas e o investimento será concretizado nos próximos meses e anos).

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