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PCP Madeira: “Só não há excedente no orçamento das famílias”

O PCP Madeira salientou que a população tem enfrentado um “aumento do custo de vida, dificuldades no acesso à habitação” a que se junta “baixos salários e pensões de reforma”, levando a que os madeirenses “contem os tostões para chegar ao fim do mês enquanto as grandes empresas lucram milhões como nunca à custa da exploração e empobrecimento do povo”.
27 Março 2024, 09h24

“Ao longo dos últimos dias têm vindo a público notícias sobre os lucros extraordinários das grandes empresas em 2023  foram mais de quatro mil milhões de euros, notícias sobre o excedente orçamental do Estado superior a três mil milhões de euros, notícias sobre o excedente orçamental da Região de 25 milhões de euros, enquanto isso milhares de madeirenses empobrecem a trabalhar. É caso para dizer só não à excedente no orçamento das famílias”, afirmou o deputado do PCP Madeira, Ricardo Lume, durante uma visita à Estação de Tratamento de Resíduos da Câmara Municipal do Funchal, localizada nos Viveiros.

O deputado do PCP salientou que a população tem enfrentado um “aumento do custo de vida, dificuldades no acesso à habitação” a que se junta “baixos salários e pensões de reforma”, levando a que os madeirenses “contem os tostões para chegar ao fim do mês enquanto as grandes empresas lucram milhões como nunca à custa da exploração e empobrecimento do povo”.

Ricardo Lume acusou os executivos da Madeira e da República de “não utilizarem” os meios financeiros disponíveis “para dar resposta a défices estruturais” que existem na Região e no país, “nem para esbater as assimetrias sociais resultantes de uma política de exploração e empobrecimento”.

O deputado do PCP considerou que os “problemas” no acesso ao serviço de saúde público, da falta de profissionais nos serviços públicos, a não valorização das carreiras e dos salários destes profissionais, as baixas pensões de reforma, “não resultam da falta de dinheiro” mas sim de “opção política”.

Ricardo Lume reforçou que os baixos salários a precariedade laboral, o aumento do custo de vida, as dificuldades no acesso à habitação, “só existem porque há uma política que beneficia os que lucram com a exploração e o empobrecimento”.

Para Ricardo Lume esta realidade “não é uma inevitabilidade”, sublinhando que a Madeira e o país nunca tiveram um Produto Interno Bruto (PIB) tão elevado que resulta do “fruto da força dos trabalhadores” mas que no entanto existe uma “injusta” distribuição da riqueza.

“Façamos das injustiças força para lutar, para garantir a valorização do trabalho e dos trabalhadores pois com a rutura com a política de exploração e empobrecimento é possível viver melhor na nossa terra”, disse o deputado do PCP.

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