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PCP reivindica valorização salarial e aumento do rendimento dos trabalhadores

“Vivemos no País da União Europeia em que as empresas distribuem mais dividendos aos seus accionistas, muitas vezes superiores aos lucros obtidos, enquanto temos dos salários mais baixos da zona euro”, sublinha o comunista.
16 Abril 2019, 15h41

O candidato da CDU ao Parlamento Europeu, Ricardo Lume, reivindica a necessidade de valorizar os salários e as remunerações dos trabalhadores, argumentando que esta é uma condição determinante para garantir uma mais justa distribuição da riqueza produzida.

“Vivemos numa Região onde 40% dos trabalhadores vivem no limiar da pobreza, ou seja, mesmo trabalhando oito ou mais horas por dia, o salário que levam para casa é insuficiente para fazer face às necessidades mais básicas”, salientou o deputado do PCP.

Ricardo Lume deu como exemplo a evolução da distribuição da riqueza em Portugal: atualmente 1% da população detém cerca de 25% da riqueza nacional e 5% da população acumula quase 50% da riqueza nacional. O candidato ao Parlamento Europeu recorda ainda que em 1975, fruto da Revolução de Abril e da consequente valorização dos salários, 72,3% da riqueza nacional ia para salários e que atualmente os salários apenas representam 37,8% da riqueza nacional.

“Vivemos no País da União Europeia em que as empresas distribuem mais dividendos aos seus accionistas, muitas vezes superiores aos lucros obtidos, enquanto temos dos salários mais baixos da zona euro”, sublinha o comunista.

O candidato da CDU às europeias não deixa de apontar o dedo às políticas de austeridade “impostas pela União Europeia, pelo FMI e pelo Banco Central Europeu” e executadas pelo anterior governo PSD/CDS, que “impuseram fortes sanções aos trabalhadores e ao povo, diminuindo rendimentos, roubando feriados e dias de férias, mas garantiram o aumento do rendimento do capital”, lembrando que foi em 2016, com o contributo da CDU que foi possível recuperar “direitos roubados”.

Ricardo Lume acredita que a devolução de rendimentos garantiu a recuperação económica e considera que não só é possível, mas necessário garantir uma maior valorização do trabalho, dos trabalhadores e da produção nacional e regional, através da “construção da Europa de cooperação entre os trabalhadores e os povos”.

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