João Oliveira considera que a situação sanitária que tem vindo a agravar-se “significativamente” está “a colocar os serviços de saúde e os profissionais de saúde sob uma opressão superior à que se verificou anteriormente e com consequências dramáticas em termos de internamentos e óbitos”.
Face a este agravamento da pandemia, o deputado do PCP urge o Governo a pôr em prática as medidas aprovadas no Orçamento de Estado de 2021 (OE2021), particularidade, aquelas que visam o reforço de apoio aos lares de idosos e do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Perante a difícil realidade nacional, a prespetiva de declaração de estado de emergência e agravamento das medidas restritivas, preocupam-nos duplamente porque a situação nacional que vivemos e a realidade dessas medidas são muito mais dificeis do que em março, de 2020, e os seus impactos tenderão a ser muito mais graves e complexos”, argumentou, salientando que esses impactos não serão “apenas no plano socioeconómico, mas também no plano sanitário”, referiu esta quarta-feira, durante o debate na Assembleia da República sobre a renovação do novo estado de emergência que deverá vigorar a partir desta quinta-feira até 30 de janeiro. Segue-se a reunião do Conselho de Ministros, após a qual o primeiro-ministro deverá falar ao país para anunciar as novas medidas.
Assim, o representante comunista urgiu que são necessárias medidas como reforço das equipas de saúde pública, reforço da capacidade de internamento e resposta unidades de cuidados intensivos (UCI), — “nomeadamente com o aumento das camas e de profissionais” — reforço de profissionais de saúde bem como o reforço da capacidade resposta doentes não Covid.
“As dificuldades são hoje inegáveis, é preciso reforçar as equipas de saúde publica”, continuou, denunciando a situação no distrito de Beja que perdeu os únicos dois médicos de saúde pública “que estavam de serviço”.
Como solução para dar resposta ao agravamento da pandemia e à pressão a que se assiste no SNS, João Oliveira sugeriu que o Governo concretize “arequisição dos meios necessários para garantir esses objetivos, incluindo os meios do setor privados, onde e quando se verifica essa necessidade para complementar a resposta do SNS”.
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