[weglot_switcher]

Pedidos de patentes portuguesas aumentaram nos últimos 10 anos

Entre 2012 e 2022 registou-se um crescimento anual de 1,7% no número de pedidos de patente em Portugal, um valor que reflete um aumento da adoção do sistema de patentes no território nacional.
13 Janeiro 2025, 21h55

A proteção das patentes portuguesas têm vindo a aumentar em Portugal, tendo-se registado um crescimento no ano passado, segundo o Barómetro Inventa Patentes ‘Made in Portugal’. Este incremento pretende aumentar a competitividade portuguesa a nível global.

Entre 2012 e 2022 registou-se um crescimento anual de 1,7% no número de pedidos de patente em Portugal, um valor que reflete um aumento da adoção do sistema de patentes no território nacional.

No total, em 2022 foram depositados 1019 pedidos de patente em institutos no estrangeiro, quando em 2012 o valor rondava os 420 pedidos, de acordo com o WIPO IP Statistics Data Center.

O setor tecnológico é o que mais requer este tipo de pedido, principalmente dentro da área farmacêutica, tecnologia médica, biotecnologia e tecnologia computacional, entre outros.

Para além de se ter registado um aumento nos pedidos, também houve um aumento nas concessões de patentes nos setores da tecnologia médica e engenharia civil e, nos setores da biotecnologia e transporte.

Foi no Norte, Centro e Área Metropolitana de Lisboa que se registaram mais pedidos, sendo as três áreas responsáveis por 90% dos pedidos. “O restante de Portugal continental e as regiões autónomas estão significativamente desfasadas em relação à I&D concretamente protegida por patentes”, salienta o estudo.

Os Estados Unidos foram o território predileto para os pedidos de patente com origem portuguesa, seguido da Europa, China e Canadá. No ranking europeu dos pedidos de patente, em 10 anos, Portugal subiu cinco posições, da 23ª posição para a 18ª.

O estudo conclui que Portugal se destaca “como um país em evolução na utilização estratégica do sistema de patentes, reforçando a propriedade industrial como um pilar essencial para a competitividade”.

Este aumento foi influenciado pela “entrada de organizações nacionais num contexto de maior concorrência decorrente da adesão à União Europeia”, sendo que os efeitos da globalização mostram que “o mercado interno é muito limitado para as aspirações das organizações nacionais, sendo a exportação a porta de saída natural para crescer”.

“O Portugal 2020 contribuiu para as pequenas e médias empresas (PME) receberem apoios financeiros e consultoria técnica para identificar os seus ativos de propriedade industrial”, refere o estudo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.