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Pedro Baltazar: “Grupos de media podiam faturar mais 15%”

Líder da agência de meios fala de resistência ao digital por parte dos media e do que se perdeu pela “mentalidade muito situacionista”.
19 Fevereiro 2020, 09h30

Pedro Baltazar enfatiza os melhores resultados da história da Nova Expressão, atingidos em 2019.

O que espera da nova direção da Nova Expressão [anunciada esta semana]?
O Filipe Teotónio Pereira já conta muita experiência de mercado. Foi sempre o número três e depois número dois em toda a estrutura de clientes e desenvolvimento de media, isto é o âmago da Nova Expressão. É um homem que lidera equipas e com a frescura que hoje a media e os clientes querem, no sentido de chegarem aos seus consumidores.

Como vai a Nova Expressão apostar no digital?
O que nos interessa é o domínio e o conhecimento de onde está o consumidor, ou antever onde este vai estar nos próximos tempos. O que é relativamente novo é que os clientes querem que a agência os acompanhe no seu próprio desenvolvimento tecnológico de media.

A que se deve essa resistência ao digital por parte dos media?
Tem a ver com uma mentalidade muito situacionista dos quadros desses grupos. Hoje poderiam estar a recolher do investimento das empresas nacionais mais 10% ou 15% do que estão a recolher.

O último ano foi o melhor de sempre ao nível da faturação da Nova Expressão (25 milhões de euros).
Traçámos um plano estratégico para a Nova Expressão que não vai ficar por aqui. Os próximos anos vão servir para investir ainda mais, quer nas pessoas, quer no seu modelo de oferta do mercado.

A Nova Expressão teve um trabalho importante ao nível da promoção do turismo
em Portugal.
Quando foi lançado o primeiro concurso digital, em que havia 80% do investimento e resultou na grande revolução no turismo dos Açores (estamos a falar de 2010), a Nova Expressão ganhou e teve rapidamente de incorporar o conhecimento para a execução desse projeto. Em 2011, aconteceu a grande ‘pedrada no charco’ que passou pelo investimento do turismo nacional entre 2011 e 2015. Veio um concurso para o mercado que a Nova Expressão ganhou. Tudo aquilo que uma grande parte do turismo incorpora hoje em dia foi executado pela Nova Expressão.

A PowerMedia teve uma faturação de 67 milhões em 2019.
A PowerMedia é o nosso braço financeiro. É uma empresa que trabalha essencialmente no ponto de vista de garantia financeira de toda a operação media e, ao mesmo tempo, tem um prémio relacionado com a sua dimensão. No próximo ano antevemos uma faturação que deverá situar-se entre 100 a 120 milhões de euros na PowerMedia.

A Nova Expressão está integrada numa rede internacional independente de agências de meios, a Local Planet. Foi através desta rede que a Nova Expressão conseguiu um contrato
com a Toys ‘R Us de Espanha.

Ficámos com essa coordenação entre Portugal e Espanha, que são as únicas operações que têm na Europa. Esta é uma operação mais terrena e offline, que nos permite dizer que estamos preparados para quase todos os desafios que nos possam colocar.

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