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Pedro Costa Neves diz que ética “mudou muito para pior” na saúde na Madeira

O médico do Hospital da Luz, ouvido na comissão de inquérito à unidade de medicina nuclear do Serviço Regional de Saúde, disse ainda que essa falta de ética “pode ter desencadeado uma décalage progressiva da relação interprofissional” dentro da instituição.
SESARAM
25 Março 2019, 10h41

Durante a audição parlamentar à unidade de medicina nuclear do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), a Pedro Costa Neves, do Hospital da Luz, o médico afirmou que muito muito a ética para pior, referindo-se às declarações de Rafael Macedo que acusou alguns colegas de forte negligência.

Quando questionado sobre o motivo de provavelmente estas denúncias de Rafael Macedo, por parte de Mário Pereira, deputado do CDS-PP, não terem acontecido no passado, Pedro Costa Neves, disse que isso pode ser relacionado com um problema de falta de ética.

Pedro Costa Neves disse ainda na audição parlamentar que a determinada altura, por volta de 2008, se sentiu excedentário “foi por falta de ética” pela gestão da instituição. “Isso pode ter desencadeado uma décalage progressiva da relação interprofissional dentro da instituição. A pior coisa que se pode fazer a um grupo de profissionais como os médicos é fazê-los sentir desmotivados e sem objectivos. Sentiram-se órfãos”, explicou.

O médico disse ainda que aqueles que se sentiam órfãos quando receberam internos “não tiveram capacidades” de serem referência para os mais novos. Pedro Costa Neves sublinhou que existiu uma perda na perspectiva do ensino no SESARAM.

Pedro Costa Neves referiu ainda que aquilo que se passa com as listas de espera pode estar relacionado com a “falta de entusiasmo e produtividade” dos serviços, quando falava sobre a fusão e extinção de serviços que a determinada altura houve no SESARAM.

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