Pedro Nuno na terra de Montenegro: “AD com IL é mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo”

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, considera que uma eventual junção entre a Aliança Democrática (AD) e a Iniciativa Liberal (IL) depois das eleições é “uma mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo e do ataque ao Estado Social”. Uma declaração que surge depois de o presidente do PSD ter admitido que faria uma boa dupla com Rui Rocha, presidente da IL.

Em campanha na terra do seu adversário, em Espinho, o líder socialista agitou, novamente, o fantasma da troika para dizer que a “AD, sozinha, já faz estragos”. “Temos bem memória do que fizeram quando tivemos uma crise financeira a seguir a 2010. Atacaram quem trabalha e quem trabalhou, com cortes nos salários e nas pensões. O 12.º ministro era Luís Montenegro, defendeu sempre aquelas políticas”, disse aos jornalistas, enquanto caminhava no mercado.

“O povo vai travá-los, vamos ganhar as eleições”, atirou Pedro Nuno, acusando PSD e CDS de “estarem de cabeça completamente perdida”, porque um quer uma aliança com os liberais, o outro não.

Questionado pelos jornalistas, o secretário-geral do PS garantiu que os jovens estão com os socialistas, sublinhando “não haver nenhuma razão para que um jovem esteja com a AD”.

“Só uma minoria dos jovens é que no último ano conseguiu comprar casa. A esmagadora maioria ficaram ainda mais longe, porque as políticas da AD não são para a juventude, são para alguns jovens. Não tenho a  menor dúvida que os jovens portugueses perceberam que os Luís Montenegro os enganou (…)”, defendeu, mostrando-se confiante numa vitória em Espinha, onde o líder da AD se encontra também em campanha esta segunda-feira.

“Vamos ganhar em Espinho, podem ter a certeza. Sentimos o entusiasmo do povo. Sabem que a AD não lhe resolveu os problemas”, sustentou Pedro Nuno, no dia a seguir a um comício em Braga onde contou com o apoio do ex-ministro Vieira da Silva e José Luís Carneiro, com quem disputou a liderança do partido.