O ministro das Infraestruturas garantiu hoje que o Estado português, através do Governo, está preparado para intervir na TAP, mas avisou que, ao contrário do que acontece agora, vai passar a decidir também sobre a gestão corrente da empresa.
“Estamos disponíveis que os nossos parceiros na empresa nos acompanhem em qualquer intervenção, seja ela qual for, na empresa, mas têm de acompanhar. Se não acompanharem, o Estado não deixará cair a empresa, mas isso terá consequências na relação societária entre os sócios da empresa”, disse Pedro Nuno Santos esta quarta-feira.
A TAP é detida em 55% pelo acionista Estado e em 45% pelo acionista privado Atlantic Gateway, um consórcio detido em partes iguais pelo empresário português Humberto Pedrosa e pelo empresário norte-americano David Neeleman.
Esta intervenção “terá de ter consequências desde o momento em que decidimos intervir com dinheiro do povo português na empresa. Isto é, qualquer intervenção do estado soberano português na TAP implicará que o Estado português, através do Governo, acompanhe todas as decisões que serão tomadas nos próximos tempos com impacto relevante na vida e futuro da empresa. A música agora é outra no que diz respeito à TAP”, afirmou o ministro no Parlamento.
Sobre a proposta que a comissão executiva da TAP fez ao Estado para intervir na empresa, Pedro Nuno Santos apontou que, “entre diferentes alternativas que estão a ser estudadas”, será uma “intervenção de elevadíssima dimensão” e será feita de “de acordo com os interesses do Estado soberano e do pais, e não de acordo com os interesses dos acionistas, de uma empresa que se não for intervencionada acabará por falir”.
“Neste momento, a TAP, sem intervenção publica, não tem qualquer possibilidade de sobreviver. Se a empresa precisa de intervenção publica para sobreviver, é bom que todos estejamos conscientes que a nossa missão é salvar a TAP e não nenhum acionista em particular”, afirmou o ministro na comissão parlamentar de economia.
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