O líder do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos debateu com o líder do Livre, Rui Tavares, esta quinta-feira na SIC. Durante o debate os dois candidatos a primeiro-ministro discutiram vários temas, contudo Pedro Nuno Santos iniciou a conversa a referir que as declarações que fez ontem aos jornalistas sobre a investigação do Ministério Público não eram “dirigidas a este órgão, estava-me a referir que às denuncias anônimas tinham dois objetivos, intimidar-me e equiparar-me a Luís Montenegro”.
O candidato do PS garantiu “que não estou a receber dinheiro todos os meses de nenhum empresário português” e sublinhou que não era igual a Luís Montenegro.
Na opinião de Rui Tavares “se o Pedro Nuno Santos acha que entregou todos os documentos, então tudo vai chegar a conclusões no futuro”, contudo salientou que “Luís Montenegro é uma má noticia para o país, e precisamos de não o ter como primeiro-ministro. Temos de provar que há uma alternativa muito melhor”.
O debate continuou no ramo da corrupção, com o candidato do Livre a referir que o país “tem uma encruzilhada à frente”, “ou continuamos com este tipo de debate com a corrupção, ou nos inspiramos nos países que tiveram mais sucesso no combate à corrupção”. O partido de Rui Tavares propõem “medidas simples”, nomeadamente que os “ministro vão ao parlamento ter uma audição prévia para descortinar tudo” e que se crie um “conselho ético independente”.
Já Pedro Nuno Santos referiu que “houve duas tentativas dos Governos do PS, para combater o enriquecimento ilícito que foram chumbadas no constitucional” e sublinhou que “grande parte da legislação do combate á corrupção foi feita por governos PS”. “Temos de garantir a prevenção”, as medidas do partido para esta temática passa pelo registo de interesses e a regulação da pegada legislativa, duas medidas que “iriam permitir o escrutínio de muitas decisões tomas por ministros e secretários de Estado”.
Apesar de considerar que o Livre “tem importantes contributos a dar”, Pedro Nuno Santos salienta que o partido de Rui Tavares “tem mais possibilidade de influenciar um Governo liderado pelo PS do que pela AD”.
Já no tema dos jovens, o Livre defende uma herança social de cinco mil euros, uma vez que “a maioria dos portugueses não têm a sorte de ter heranças de familiares”. O líder do partido refere ainda que esta medida “é mais barata do que IRS Jovem”.
A proposta do PS contém um valor mais baixo, de 500 euros, uma vez que o partido considera que “a proposta do Livre é mais generosa e mais irrealista, cinco mil euros é uma despesa muito grande”. “A nossa proposta é semelhante, mas mais realista. Se o estado tiver capacidade não há problema de nos aproximarmos de outros valores”, referiu o líder do PS. “500 euros em certificados de aforro que podem ser capitalizados e reforçados até aos 18 anos é uma ajuda que o Estado dá dentro da sua capacidade”.
Pedro Nuno Santos declara ainda que o partido “não quer aumentar o IRS dos nossos jovens”, portanto sublinha que “devemos fazer as coisas com cautela. O PS pode ser confrontado com a governação, temos de ser responsáveis”. “Nós temos um projeto que é mais realista, os cidadãos têm de fazer as suas escolhas com consciência”, afirma.
Durante o debate Pedro Nuno Santos fez um apelo ao voto útil, contudo Rui Tavares referiu que não sabemos “o que é que o Presidente vai fazer a 19 de maio”.
O último tema do debate foi o das pensões, no qual os dois partidos defendem um aumento do complemento solidário para idosos.
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