O líder do PS pede ao Governo que demonstre como irá retomar uma trajetória de crescimento condizente com o programa económico, sublinhando a diferença entre os 3% prometidos em campanha eleitoral e os números constantes na proposta orçamental. Em resposta, o primeiro-ministro fala num foco no “capital humano”.
“Qual é a reforma que vai fazer disparar a taxa de crescimento?”, questionou Pedro Nuno Santos, secretário-geral socialista, no debate na generalidade sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Lembrando os 3% inscritos no programa eleitoral da AD, o líder do PS deixou críticas à projeção de 2,1% de crescimento para este ano.
Em resposta, o primeiro-ministro considerou que Pedro Nuno Santos “gostava de ter uma economia mais dirigida pelo Estado”, uma visão que não partilha: “não estamos aqui para escolher os investimentos pelas empresas”, mas sim para “estimular” investimentos em áreas chave e produtivas.
Por outro lado, Luís Montenegro admitiu que lhe “causa uma certa confusão o líder do principal partido da oposição não valorize como esteio da política económica a capacidade de reter e atrair recursos humanos que possam acrescentar à economia”.
Na mesma linha, uma das grandes diferenças na política económica deste Governo e dos anteriores, continuou o primeiro-ministro, é a “aposta no capital humano e, em segundo, na competitividade das empresas”.
No dia 4 de novembro arranca a apreciação na especialidade, fase que só terminará com a votação final global do documento marcada para dia 29.
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