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Maud e Pedro Queiroz Pereira entram para o ranking dos mais ricos liderado pelo Grupo Amorim

As maiores fortunas de Portugal somam 18,8 mil milhões, o que compara com 15 mil milhões em 2016.
26 Julho 2017, 21h11

As 25 maiores fortunas em Portugal somam agora 18,8 mil milhões de euros, avança a revista Exame na sua edição de agosto. É o quarto ano consecutivo em que crescem (15 mil milhões em 2016; 14,7 mil milhões de euros em 2015; 14,3 mil milhões em 2014).

Este é o maior crescimento anual dos últimos anos, diz a publicação do Grupo Impresa, que chega às bancas amanhã, quinta-feira, dia 27,

Neste ano, as 25 maiores fortunas cresceram quase quatro mil milhões de euros. As três maiores fortunas do País detêm, sozinhas, quase oito mil milhões de euros, mais mil milhões do que na edição anterior.
O total das 25 maiores fortunas equivale agora a 10% do PIB nacional. No ano passado, representava 8,3%.

A nova entrada no ranking é de Maud Queiroz Pereira (mãe) e Pedro Queiroz Pereira. Entram para o top 10, para o nono lugar mais precisamente, graças à subida em bolsa do valor da Semapa.

Na sua habitual lista anual dos 25 mais ricos de Portugal, é revelado que a família Amorim é a mais rica de Portugal. Com a morte de Américo Amorim, a sua fortuna passa agora para os herdeiro, as três filhas do empresário da cortiça: Paula Amorim (casada com Miguel Guedes de Sousa, dono do Restaurante JNCQUOI); Marta Amorim e Luísa Amorim.

A Exame publica nesta edição um artigo sobre como vai ser dividido o Império de Américo Amorim. O seu património foi avaliado este ano em 3,8 mil milhões de euros, o maior valor desde 2014, à conta da Galp e da Corticeira Amorim (e dos seus valores em bolsa).

O Grupo Soares dos Santos surge em segundo e ganhou mais 500 milhões do que no ano passado. O líder da Jerónimo Martins viu a sua fortuna aumentar para mais de 2,5 mil milhões (contra os 2 mil milhões do estudo anterior), graças à valorização das ações da dona do Pingo Doce e da Biedronka na Polónia.

A família Guimarães de Mello é a segunda família mais rica e ocupa o terceiro lugar no ranking. Viu o valor da sua fortuna subir de 1,2 para 1,47 mil milhões de euros, com os investimentos no Grupo José de Mello, Brisa, CUF e Efacec.

Belmiro de Azevedo recupera mas mantém o quarto lugar do ranking. Já foi o homem mais rico do país, mas agora está em quarto lugar. A sua fortuna bolsista cresceu mais de 150 milhões para 1,31 milhões de euros este ano, até à data dos cálculos da Exame.

A mulher mais rica do país está mais rica. Maria Isabel dos Santos, uma das principais acionistas da Jerónimo Martins, volta a ser a mulher mais rica do País. Detentora de cerca de 10% da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, dona da Jerónimo Martins, mantém o 8.º lugar do ranking deste ano, com uma fortuna de 664 milhões de euros, estando mais rica face ao ano anterior (545,5 milhões de euros em 2016, 448 milhões de euros em 2015 e 429 milhões de euros em 2014).

OS 10 MAIS DO RANKING (lista completa dos 25 na edição da Exame)

1. Família Amorim: 3.840 milhões de euros
2. Alexandre Soares dos Santos: 2.532 milhões (vs. 2.078 milhões de euros no ranking anterior, quando já era segundo)
3. Família Guimarães de Mello: 1.471 milhões (vs. 1.285 milhões de euros, mantendo o terceiro lugar no ranking)
4. Belmiro de Azevedo: 1.311 milhões (vs. 1.150 milhões de euros, mantendo o quarto lugar no ranking)
5. António da Silva Rodrigues: 1.038 milhões (vs. 1.115 milhões de euros no estudo anterior, já figurando no quinto lugar)
6. Família Alves Ribeiro: 952 milhões (contra os 972 milhões de euros anteriores mas mantém lugar)
7. Fernando Figueiredo dos Santos: 664 milhões (vs. 545,5 milhões de euros. Era 9.º no ano anterior)
8. Maria Isabel dos Santos: 664 milhões (vs. 545,5 milhões de euros, mantendo 8.º lugar)
9. Fernando Campos Nunes: 575 milhões (vs. 561,9 milhões de euros no ano passado, mantendo lugar)
10. Maud e Pedro Queiroz Pereira: 569 milhões (vs. 341 milhões em 2016. Entram assim no top 10)

A revista explica que tal como nos anos anteriores foram usadas para a avaliação do património empresarial todas as fontes disponíveis que pudessem contribuir com informação credível, como relatórios e contas (2015 e 2016), entrevistas a gestores, sites da empresas e do mercado, aplicando-se depois diversos critérios de avaliação. Para as empresas cotadas foram aplicadas as cotações das sociedades a 5 de julho de 2017, acontecendo o mesmo no caso das holdings de empresas cotadas. Nestas últimas utilizou-se o valor do mercado da casa-mãe, pois as empresas por ela detidas não podem ser livremente negociadas. Nas holdings não cotadas foi aplicada a avaliação da soma das partes, e nas sociedades dos grupos foi aplicado, individualmente ou consolidado, o método dos múltiplos EV/EBIDTA.

Nas sociedades imobiliárias o método de cálculo utilizado foi o dos capitais próprios. As empresas da banca e seguros não cotadas foram calculadas através da utilização do PER (price earning ratios) do sector vezes os lucros.

Como é evidente não foi possível à revista avaliar a liquidez existente em contas bancárias dos protagonistas, dentro ou fora do país, bem como as suas dívidas pessoais e outros créditos associados. Foram, tal como em anos anteriores, excluídos do estudo os casos em que as dificuldades financeiras são do domínio público.

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