O Verão é a época preferida dos portugueses e há quem passe o ano inteiro a sonhar com o tempo quente. Mas é importante ter em conta alguns cuidados para enfrentar as temperaturas elevadas em segurança. E, apesar do reforço das campanhas de sensibilização relacionadas com os perigos da estação estival, a verdade é que a taxa de admissão nas urgências hospitalares dispara nesta época. Em causa estão as chamadas ‘doenças de verão’, como a desidratação, as insolações, as intoxicações alimentares, as otites ou o aparecimento de fungos, que levam centenas de pessoas às unidades hospitalares, mesmo sendo episódios que poderiam ser perfeitamente prevenidos. Para o ajudar, juntámos uma série de medidas preventivas que o vão ajudar a desfrutar das férias sem percalços.
Coma alimentos leves e evite refeições pesadas
Lembre-se que o seu organismo também precisa de uma pausa. As férias são uma ótima ocasião para deixar o corpo desacelerar da velocidade dos dias e das refeições apressadas e mal planeadas. Para isso, uma dieta à base de alimentos frescos e leves é a mais recomendada neste período de pausa. Escolha alimentos nutricionalmente interessantes, afaste-se dos carregados de ‘calorias brancas’ e prefira refeições leves às demasiado condimentadas, já que estas obrigam a um maior esforço de digestão. As frutas e os vegetais, apesar de serem um elemento-base na dieta anual, o seu consumo deve ser reforçado durante o tempo quente, visto que são alimentos com alto teor de vitaminas e minerais e com grande percentagem de água, contribuindo para o equilíbrio dos níveis de hidratação. A par das escolhas alimentares, a ingestão de água é outro dos temas reforçados nesta altura do ano. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) recomenda o consumo de um litro e meio a dois litros de água por dia e relembra as consequências do ‘incumprimento’ desta ‘regra vital’. Segundo se lê numa das diretivas do Portal SNS, o corpo, em resposta ao aumento da temperatura ambiente, “aumenta a perda de água pela transpiração, sendo esta a sua principal forma de arrefecimento”. A inconsistência na ingestão de líquidos no verão pode despoletar episódios de desidratação severa em qualquer idade, apesar das crianças e dos idosos serem o grupo etário que requer maior atenção.
Segurança alimentar: como comer de forma segura?
O número de intoxicações alimentares relatadas em meio hospital aumenta durante o verão e não é difícil de perceber o porquê: o calor favorece a proliferação de bactérias e microrganismos nos alimentos, colocando em causa a integridade dos mesmos. Para Ana Rita Lopes, coordenadora da Unidade de Nutrição Clínica do Hospital Lusíadas de Lisboa, e segundo um conteúdo informativo publicado no site da unidade hospitalar, “o aumento do consumo de alimentos fora de casa” também contribui para a curva de admissões hospitalares destes episódios. Não descongelar alimentos à temperatura ambiente, manter o frigorífico a uma temperatura inferior a cinco graus e não deixar alimentos cozinhados fora do frio por mais de duas horas, são algumas das recomendações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica para evitar a patologia gastrointestinal.
Cuidados com os mergulhos
As inflamações do canal auditivo, afectando a cavidade do ouvido e o tímpano, são, normalmente, conhecidas como otites. Mas sabia que há umas específicas do verão? Por serem tão frequentes nessa época do ano, ganharam um estatuto próprio: são chamadas de ‘otites de nadador’ ou ‘otites do surfista’ e estão associadas à entrada e permanência de água no canal auditivo externo, causando a sua inflamação. O contato com fungos e bactérias presentes na água do mar e das piscinas públicas é outro fator de risco. Para as evitar, as unidades hospitalares recomendam que se evite a limpeza dos canais auditivos com cotonetes, garantindo que a cera tem um efeito protetor e aconselham o uso de tampões adaptados a utentes com historial de otites de repetição.
Os perigos do sol devem ser explicados às crianças
A exposição solar desprotegida é altamente prejudicial para a pele e não deve ser levada de ânimo leve. Na verdade, este é um tema que deve ser abordado desde a infância, ensinando e alertando as crianças para os perigos do sol. A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo disponibiliza diversos materiais didáticos, que podem ser descarregados no site da Direção Geral da Saúde, que permitem ajudar os pais nessa abordagem preventiva. A história ‘Zé Pintas’ e o ‘Semáforo Solar’ são duas excelentes opções.
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