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Petróleo cai, marijuana sobe e taxas mantêm

Os mercados norte-americanos e europeus reagiram positivamente aos resultados das eleições nos EUA em semana de reunião da Fed.
9 Novembro 2018, 08h35

Depois das quedas significativas em outubro, os mercados acionistas estabilizaram uma recuperação substancial em alguns títulos nos últimos dias. O Nasdaq100 voltou a estar acima da média móvel de 200 dias (MM200), o que define em abstrato um mercado de alta (bullmarket) e, quando está abaixo, um mercado de baixa (bearmarket), e subiu dos 6.575 pontos registados a 29 de outubro, valor mais baixo desde maio, para os 7.203 pontos na passada quarta-feira. É uma subida de quase 10%, após quedas de 17% de outubro.

Os mercados norte-americanos reagiram positivamente aos resultados das eleições nos EUA, realizadas na terça-feira. Os Republicanos no Congresso perderam a Câmara dos Representantes para os Democratas, mas conseguiram manter a maioria no Senado. Os mercados responderam com subidas de 2% e 3% nos EUA e na Europa.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) reuniu esta semana, a 7 e 8 de novembro e manteve as taxas de juro inalteradas. Segundo os futuros sobre a “alteração de taxas de juro”, negociados na Bolsa de derivados de Chicago (CME Group),  uma subida de taxas para 2,5%, pode ocorrer com uma probabilidade de 75% na próxima reunião a 19 de dezembro. Cerca de 20% antevêem uma manutenção nos 2,25% e 5% prevêem uma subida de 50 pontos base para 2,75%.

Os principais mercados acionistas asiáticos estabilizaram nos últimos dias, depois de uma queda à volta de 30% desde o final de janeiro, nomeadamente no principal índice chinês, o Shanghai Compósito.

As ações europeias também acompanharam os ganhos dos mercados acionistas norte-americanos. Se por um lado, persistem os receios do confronto entre Bruxelas e Roma no que concerne às contas públicas italianas para 2019, os fortes resultados do Société Générale, do Commerzbank e da francesa Sodexo acalmaram as preocupações sobre os lucros das empresas. As obrigações italianas, porém, continuam a perder terreno.

Em Lisboa, a Pharol liderou os ganhos do PSI 20 com uma substancial subida. A Câmara de Arbitragem do Mercado no Brasil voltou atrás e autorizou a Oi a fazer um aumento de capital. A Pharol pretende fazer um aumento de capital até aos 80 milhões de euros. Este desfecho já estaria descontado pelo mercado, funcionando a regra de vender com o rumor e comprar com a notícia.

Desta semana fica ainda para memória futura a afirmação do ministro português da economia de que Portugal vai continuar a crescer acima da média europeia.

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