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Petróleo e gás a subir com fim das compras à Rússia

A União Europeia já chegou a acordo para colocar fim às compras de gás russo e quer deixar de comprar petróleo no espaço de dois anos. “Decisão histórica”, destaca a Comissão Europeia.
3 Dezembro 2025, 14h23

Os preços do petróleo e do gás estão a subir esta quarta-feira depois de ter sido anunciado o fim definitivo das compras destas matérias-primas à Rússia.

O barril de petróleo Brent, para entrega em fevereiro, está a subir mais de 1% para mais de 62,7 dólares esta terça-feira, com os contratos de gás no índice TTF para entrega em janeiro a subirem menos de 0,2% para 28,1 euros/MWh.

As maiores subidas no espaço de um ano no gás registam-se nos contratos para entrega em setembro e novembro de 2026, com aumentos acima de 0,6%. No petróleo, os contratos para entrega em outubro de 2026 superam os 3%, com a entrega em novembro de 2026 a superar os 2%.

A decisão foi anunciada esta quarta-feira em Bruxelas depois de o Parlamento Europeu e o Conselho terem alcançado um “acordo provisório” para colocar um fim permanente à importação de gás russo e avançar para a progressiva eliminação do petróleo russo.

Até 31 de dezembro de 2026, terminam as compras de gás natural liquefeito (GNL) que chega à Europa via navio. Até 30 de setembro de 2027, terminam as compras do gás transportado por gasodutos.

No petróleo, a Comissão Europeia disse hoje que “continua empenhada” em acabar com todas as compras à Rússia até ao final de 2027.

A Comissão pretende apresentar uma proposta no início de 2026 com vista a atingir este objetivo, revelou o “Politico” esta quarta-feira.

O Parlamento tem pressionado a Comissão para avançar com este cancelamento, mas várias divergências têm impedido o acordo.

A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, considerou esta quarta-feira que esta é uma “decisão histórica” que vai colocar um ponto final na “dependência da UE de um fornecedor pouco fiável que tem desestabilizado repetidamente os mercados europeus da energia, posto em risco a segurança do aprovisionamento com chantagem energética e prejudicado a economia europeia”.

“O fim das importações de combustíveis fósseis russos é um passo essencial para garantir a independência energética, a competitividade, a resiliência e a estabilidade do mercado da Europa”, disse a Comissão Europeia esta quarta-feira.


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