[weglot_switcher]

Petróleo vai continuar a ser um recurso importantíssimo na matriz energética do mundo

Administrador da Sonangol, Osvaldo Inácio, afirma que o primeiro foco da empresa é descarbonizar a operação existente, com tecnologia mais moderna e menos intensidade de emissões.
3 Junho 2025, 11h51

No painel “Oil & Gas e o futuro de Angola”, da conferência Doing Business Angola 2025, que aconteceu esta Segunda-feira, 02, o administrador da Sonangol, garantiu que o petróleo vai continuar a ser um recurso importantíssimo na matriz energética do mundo.

O responsável sublinhou que a Sonangol não está a pensar em deixar de produzir petróleo.

“O primeiro foco que temos é descarbonizar a operação existente e isso se faz, por um lado, com tecnologia mais moderna e menos intensidade de emissões, seja de carbono como de metano e, por outro lado, com a captura de carbono. Ou seja, o petróleo é fundamental hoje e vai continuar nos próximos anos”, afirmou.

Acrescentou que a empresa está a fazer grande investimento na diversificação do seu portfólio. ”Continuamos a avaliar como podemos fazer investimentos mais inteligentes em alguns sectores críticos associados à nossa operação”, detalhou.

Por sua vez, o partner da EY, Manuel Mota, disse que o petróleo, em Angola e em muitos países ricos em hidrocarbonetos, continuará a ser produzido e utilizado, seja para dentro como para exportar.

“Há necessidade de descarbonizar as actividades em si, porque o mix energético ainda vai estar muito dependente dos combustíveis fosseis nas próximas décadas”, entende.

Já o presidente do conselho de administração da Etu Energias, Edson dos Santos, defendeu mais investimentos na exploração e criação de parcerias sérias e robustas, para mitigar o declínio da produção petrolífera em Angola.

Adicionalmente, segundo o PCA, “os plyers tradicionais do país têm competição, cada vez mais descobertas à volta do mundo, Namíbia e Guiana. Essas novas bacias tiram possíveis investimentos das grandes empresas em Angola. Pelo menos criam competição”.

O gestor assegurou que o sucesso de Angola a curto e médio prazo está claramente ligado aos sucesso da indústria, sustendo que Angola precisa de uma indústria moderna, ágil, eficiente e com um Conteúdo Local real.

O presidente do conselho de administração da maior empresa petrolífera privada do país, a transição energética veio para ficar, mas não será feita a velocidade que o mundo pensava há cinco anos, justificando a existência da pobreza energética.

“Dentro desta matriz energética, hoje os combustíveis fósseis representam 80%. Então, em 2050, o petróleo e o gás vão continuar a ser absolutamente críticos para o crescimento de Angola, não há crescimento e desenvolvimento sem energia”, considerou o líder da Etu Energias, durante o vento organizado pela Forbes África Lusófona e o Jornal Económico, dois títulos do grupo Media N9ve. 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.