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Pfizer e BioNTech fecham acordo para produzir 100 milhões de doses anuais no Brasil

As 100 milhões de doses serão distribuídas exclusivamente para a América Latina. A farmacêutica brasileira Eurofarma ficará encarregue da última fase de produção da vacina, e do enchimento dos frascos.
26 Agosto 2021, 12h58

As farmacêuticas norte-americanas e alemã anunciaram, esta quinta-feira, que fecharam acordo com a farmacêutica brasileira Eurofarma para avançar com a produção da vacina contra a Covid-19, a Cominarty, no país. De acordo com o comunicado divulgado esta quinta-feira pela dupla, o acordo prevê a capacidade para produzir 100 milhões de doses anuais, que serão distribuídas exclusivamente na América Latina.

Assim, a Eurofarma ficará encarregue da última fase de produção da vacina, e do enchimento dos frascos. Receberá o produto a partir de fábricas dos Estados Unidos, a partir de 2022, especifica o comunicado de imprensa. “Mas as actividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente”, é acrescentado.

Com este novo acordo, a Pfizer e a BioNTech aumentam a capacidade de produção para mais de 20 fábricas espalhadas por quatro continentes.

“Temos aumentado continuamente a capacidade de fabrico das nossas próprias instalações e incluímos dezenas de parceiros na nossa rede global. Junto com a Pfizer, entregamos mais de 1,3 mil milhões de de doses e planeamos entregar três mil milhões de doses no total até o final do ano”, cita o comunicado as declarações de Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.  “A parceria de hoje é um passo importante para ampliar o acesso às vacinas na América Latina e expandir a nossa rede de fabrico global”.

Ambas as farmacêuticas reiteram o compromisso de distribuir vacinas de forma equitativa por todos os países, ” trabalhando ativamente com governos e parceiros” para concretizar o objetivo de fornecer dois mil milhões de doses a países com menores rendimentos até 2022 — mil milhões de doses em cada ano: isso inclui um acordo de fornecimento de 500 milhões de doses ao governo norte-americano, que serão posteriormente doadas a países da União Africana e países elegíveis do Compromisso de Mercado Avançado (AMC), e ainda a doação de 40 milhões de doses à Covax ainda este ano.

Este anúncio surge um dia depois de o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, ter anunciado que começará a ser administrada a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a idosos e pessoas com problemas do sistema imunitário a partir de 15 de setembro, e que a primeira escolha para essa terceira dose deve ser a vacina da Pfizer ainda que a maioria da população brasileira tenha sido vacinada com a vacina chinesa Coronavac.

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