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Philips quer quadruplicar capacidade de produção de ventiladores

Para além de mobilizar a sua rede global de fornecedores, a empresa está a recrutar mais pessoas para as suas fábricas e a realocar trabalhadores para apoio imediato ao aumento da produção, tendo ainda procedido à implementação de mais linhas de produção e ao aumento do número de turnos de trabalho para cobrir 24 horas por dia e sete dias por semana.
30 Março 2020, 16h38

A Philips vai duplicar a sua capacidade de produção de ventiladores e consumíveis de uso hospitalar nos próximos dois meses e tem por objetivo quadruplicar essa capacidade até ao terceiro trimestre de 2020.

“Para além de mobilizar a sua rede global de fornecedores, a empresa está a recrutar mais pessoas para as suas fábricas e a realocar trabalhadores para apoio imediato ao aumento da produção, tendo ainda procedido à implementação de mais linhas de produção e ao aumento do número de turnos de trabalho para cobrir 24 horas por dia e sete dias por semana. Este aumento de produção está direcionado para dispositivos e soluções de cuidados médicos de emergência que contribuam para o diagnóstico e tratamento de doentes com Covid-19”, explica um comunicado da multinacional holandesa.

Segundo essa nota, “os produtos mais necessários são monitores de sinais vitais, ventiladores portáteis e consumíveis para ventilação invasiva e não invasiva, destinados a tratar patologias respiratórias”.

“A Philips disponibiliza também produtos e soluções para a resposta e recuperação de doentes com Covid-19, incluindo sistemas de diagnóstico por imagem (TAC, diagnóstico móvel, raios X e ecografia) que ajudam a diagnosticar e avaliar doenças respiratórias, e soluções de telemedicina para monitorizar doentes internados em unidades de cuidados intensivos (programa eICU) e conectar médicos e doentes a partir de casa. A Philips compromete-se em utilizar uma abordagem baseada na ética e justiça para distribuir os seus produtos e soluções, com base em dados como a classificação de risco Covid-19 por país e região”, esclarece o referido comunicado.

“Estamos a trabalhar incansavelmente para duplicar a nossa capacidade de produção de ventiladores nas próximas oito semanas e quadruplicá-la no terceiro trimestre”, refere Frans van Houten, CEO da Royal Philips.

A Philips relembra que possui instalações de produção na América do Norte, Europa e Ásia, para além de uma rede global de fornecedores certificados de materiais e componentes.

“De acordo com o apelo da Câmara de Comércio Internacional (ICC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Philips pede aos governos de todo o mundo que facilitem o acesso a materiais e componentes fundamentais e não imponham restrições ao tipo de controlos ou tarifas de exportação. Também os incentiva a facilitar a logística e a facilitar isenções ao encerramento de fábricas para fornecedores desses componentes essenciais”, alerta a empresa.

O comunicado em questão acrescenta que “a Philips acredita que os equipamentos médicos essenciais, como ventiladores e monitores, devem estar disponíveis em qualquer parte do mundo, dando prioridade às comunidades e países que mais precisam”, assinalando que, para isso, “compromete-se em utilizar uma abordagem baseada na ética e justiça para distribuir os seus produtos e soluções, com base em dados como a classificação de risco Covid-19 por país e região”.

“Em linha com a nossa missão de contribuir para melhorar a vida das pessoas, queremos ajudar o maior número possível de hospitais e centros clínicos a tratar o crescente número de doentes com Covid-19”, afirma Frans van Houten, CEO da Royal Philips.

De acordo com este responsável, “estamos a assistir a uma procura sem precedentes por equipamentos médicos para o diagnóstico e tratamento de doentes com Covid-19 (…)”, acrescentou Van Houten.

“Estamos em contato permanente com outros fabricantes de tecnologia médica, governos, OMS e outras autoridades de saúde para garantir o aumento da produção de materiais, componentes e produtos finais, bem como remessas entre países. Apelamos a todos para que nos ajudem a salvar vidas, acelerando o transporte destes produtos. Acreditamos que uma distribuição justa e equitativa de equipamentos médicos escassos passa por fazê-los chegar a quem mais necessita, enquanto aumentamos a produção para abastecer outras regiões nos próximos meses”, salientou o CEO da Royal Philips.

As medidas adotadas pela Philips para aumentar a sua produção são o recrutamento de mais pessoas para as suas fábricas e realocação de trabalhadores atuais para apoiar imediatamente o aumento da produção; instalação de mais linhas de produção e aumento do número de turnos de trabalho para cobrir 24 horas por dia e sete dias por semana; estreita colaboração com fornecedores para garantir o fornecimento dos materiais e componentes necessários para responder a este aumento de produção; aproveitar a capacidade de inovação da empresa para reutilizar gamas de produtos semelhantes para responder ao aumento de procura; e colaboração com fabricantes independentes para que realizem parte do aumento da produção.

Sobre o impacto do COVID-19 na multinacional holandesa, “apesar da pandemia causada pelo coronavírus Covid-19, a Philips conseguiu manter as suas operações globais e continuar a fornecer os seus clientes”.

“No entanto, o impacto desta crise na vida pública e na atividade industrial nas regiões mais afetadas está a causar uma diminuição na procura por produtos de consumo, para além de ter impacto na sua rede de fornecedores. Embora se espere que tenha um impacto negativo no resultado financeiro da Philips no primeiro semestre de 2020, a empresa não pode, neste momento, quantificar a dimensão desse impacto. A Philips mantém um controlo constante das suas operações e dará mais informações quando for possível”, adianta o comunicado em análise.

A Royal Philips, com sede na Holanda, afirma-se como uma empresa líder em tecnologias da saúde, em particular em imagem diagnóstica, terapia guiada por imagem, monitorização e informática da saúde, assim como em saúde do consumidor e cuidado no lar.

A Philips contabilizou vendas no âmbito do seu portefólio de tecnologias de saúde de 19.500 milhões de euros em 2019 e emprega aproximadamente 80.000 pessoas, com operações comerciais e serviços em mais de 100 países.

 

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