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PIB da Índia cai 23,9% entre abril e junho

A maior economia da Ásia caiu 23,9% em relação ao ano passado, no primeiro trimestre do ano fiscal – que vai de 1 de abril de 2020 até 31 de março de 2021. No trimestre anterior, o crescimento era de apenas 3,1% em um ano, o mais baixo em 20 anos.
  • Índia
31 Agosto 2020, 19h21

O Produto Interno Bruto da Índia caiu 23,9% entre abril e junho, uma contração histórica, num trimestre marcado por dois meses de confinamento para combater a pandemia de covid-19, segundo dados oficiais divulgados esta segunda-feira.

O PIB da terceira maior economia da Ásia caiu 23,9% em relação ao ano passado, no primeiro trimestre do ano fiscal – que vai de 01 de abril de 2020 até 31 de março de 2021. No trimestre anterior, o crescimento era de apenas 3,1% em um ano, o mais baixo em 20 anos.

A queda é ainda maior do que a previsão de 19,2% de um painel de 15 economistas consultados pela agência Bloomberg. Nunca a economia indiana registou tal declínio desde a publicação de números de crescimento trimestrais, em 1996, de acordo com a imprensa local.

A Índia é a terceira nação do mundo mais atingida pela pandemia do novo coronavírus, atrás dos Estados Unidos e Brasil. O gigante do sul da Ásia registou até agora 64.469 mortes, em mais de 3,6 milhões de contágios, números que muitos epidemiologistas acreditam estar subestimados.

Para conter a propagação do vírus, Nova Deli decretou, no final de março, um confinamento nacional que fechou o país de 1,3 mil milhões de habitantes e deixou dezenas de milhões de pessoas sem fontes de rendimento.

As restrições resultaram no encerramento de fronteiras entre os diferentes Estados indianos, no êxodo de trabalhadores migrantes que perderam os empregos nas grandes cidades e em incontáveis interrupções nas cadeias de abastecimento.

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi suspendeu o confinamento no início de junho, numa tentativa de reanimar a economia.

Apesar de epidemia continuar a agravar-se no país, as restrições sanitárias têm vindo a ser gradualmente relaxadas nos últimos três meses.

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