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PIB da Suécia deverá cair menos que os restantes países da União Europeia

A estratégia da Suécia para enfrentar a pandemia da Covid-19 gerou controvérsia. O governo sueco, liderado por Stefan Löfven, não permitiu que a economia parasse, resistindo à estratégia de confinamento e isolamento social levada a cabo por outros países da União Europeia. Agora, aquando dos resultados do PIB para o segundo trimestre, economistas preveem que Suécia deverá sofrer menos com os efeitos económicos da pandemia.
  • Primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa
3 Agosto 2020, 16h10

A Suécia não implementou qualquer estratégia de confinamento ou isolamento social à população devido à pandemia da Covid-19, contrariando o que foi feito pelos restantes Estados-membros da União Europeia (UE). Agora, de acordo com a Bloomberg, os economistas preveem que a economia sueca contraia menos do que a maioria dos países da UE, precisamente por não ter parado o país.

A estratégia foi controversa, mas pode agora valer à Suécia um caminho mais fácil para suportar os efeitos económicos provocados pelo surto epidemiológico do novo coronavírus. Esta quarta-feira, a Suécia vai publicar dados preliminares do produto interno bruto (PIB) entre abril e junho e os economistas consultados pela Bloomberg antecipam uma contração de 7%.

A dimensão da contração do PIB previsto para a Suécia não deixa de ser histórica para o país da Escandinávia. Mas, ainda assim, é um recuo muito inferior ao registado pelos parceiros europeus.

“A economia sueca não saiu ilesa. […] Mas acreditamos que a queda do PIB no segundo trimestre terá sido cerca de um terço do observado na zona euro, provavelmente”, defende o economista da Capital Economics David Oxley, citado pela Bloomberg.

Já o economista do banco dinamarquês Nordea, Torbjorn Isaksson, ouvido pela agência de informação financeira e económica, é mais cauteloso: “Não sabemos como a estratégia para o vírus afetará as economias a longo prazo”.

Segundo a estimativa rápida preliminar do Eurostat, revelada na sexta-feira, 31 de julho, o PIB da zona euro deverá ter afundado 15%, e contraído 14,4% na UE, no segundo trimestre. A queda deverá ser a maior desde 1995, comparando com a contração de 3,1% e de 2,5%, respetivamente, na zona euro e na UE, registada entre janeiro e março.

Segundo o Eurostat, entre abril e junho, o PIB de Espanha afundou 18,5%, a economia de Portugal regrediu 14,1% e em França o ritmo da economia tombou 13,8%.

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