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PIB da zona euro cai 6,6% em 2020 e emprego recua 1,6%

Os recuos do produto ao nível da zona euro e da União como um todo são, ainda assim, menos significativos do que inicialmente estimado, apesar de refletirem bem o impacto negativo da pandemia no bloco económico europeu.
9 Março 2021, 10h12

O PIB da zona euro caiu 6,6% na zona euro e 6,2% na União Europeia no ano passado, o que representa uma melhoria em relação aos 6,8% inicialmente estimados. Já analisando apenas o último trimestre de 2020, as quedas foram de 0,7% na zona euro e 0,5% na UE, confirmando a estimativa inicial do Eurostat, conforme mostram os dados revelados esta terça-feira pelo gabinete de estatística da UE.

Já o emprego cresceu 0,3% no espaço da moeda única e 0,4% na União como um todo no último trimestre, com os indicadores a tornarem-se negativos ao analisar o ano inteiro. Na zona euro o emprego recuou 1,6%, enquanto que na UE a queda foi de 1,5%.

Em termos de produto, Roménia e Malta registaram os maiores aumentos no último trimestre de 2020, ao alcançarem crescimentos de 4,8% e 3,8%, respetivamente. No outro extremo encontram-se Irlanda e Áustria, cujo PIB decresceu 5,1% e 2,7%, respetivamente. Seguem-se no ranking dos decréscimos duas das maiores economias europeias, Itália, com uma queda de 1,9%, e França, com 1,4% de quebra.

Decompondo o produto em componentes, verifica-se que o consumo interno teve contributos negativos de 1,6 e 1,5 pontos percentuais, respetivamente, nos produtos da zona euro e da UE no quarto trimestre de 2020, fruto da queda nesta componente de 3% para o espaço da moeda única e 2,8% para a UE.

Por outro lado, a formação bruta de capital fixo aumentou 1,6% e 1,3% na zona euro e UE, respetivamente, o que explica o contributo positivo de 0,3 p.p. desta rubrica no indicador de ambos os espaços económicos.

Em termos de emprego, Portugal registou, a par da Estónia, a maior variação positiva do indicador no último trimestre do ano passado, com 1,9%, seguidos de Espanha, com 1,2%. As maiores quedas deste indicador deram-se na República Checa, Croácia, Letónia e Malta, cujo emprego contraiu 0,5%.

Um indicador que ganhou importância acrescida no contexto de pandemia e dos regimes de lay-off que tantos países europeus agilizaram para preservar o emprego é o número de horas trabalhadas. Este, apesar do aumento no emprego, caiu no último período de 2020, tanto ao nível da zona euro, como da UE, registando-se menos 1,6% e 1,4%, respetivamente. Em termos homólogos, as quedas são de 5,6% no conjunto de economias da moeda única e de 4,6% para a União.

Numa análise à produtividade, verifica-se que, em termos de pessoas empregadas, o indicador caiu 3% e 3,1% para a zona euro e UE, respetivamente, isto em termos homólogos. No entanto, o resultado inverte-se tomando como base de análise o número de horas trabalhadas. Assim, a produtividade em função das horas trabalhadas registou, em comparação com igual período de 2019, um aumento de 1,6% na zona euro, que cai para 0,7% para a União como um todo.

[atualizado às 10h36]

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