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Pingo Doce vai abrir o primeiro restaurante “sozinho”

Chegou a vez do Pingo Doce abrir um restaurante “stand alone”, revelou o presidente do Grupo Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, durante a apresentação de resultados de 2019. “A marca Pingo Doce passará a ser uma mistura de restaurantes e supermercados”, diz.
  • Pingo Doce
21 Fevereiro 2020, 13h31

Jerónimo Martins é sinónimo de alimentação – como reconhece o seu presidente, Pedro Soares dos Santos -, e a rede da marca Pingo Doce cada vez se identifica mais com refeições e com comida cozinhada para venda a peso. No entanto, Soares dos Santos pretende dar um passo em frente, e na apresentação de resultados do Grupo Jerónimo Martins, hoje realizada em Lisboa, anunciou a decisão de abrir em breve o primeiro restaurante “stand alone” da marca Pingo Doce.

Questionado sobre da data de abertura do restaurante, a localização e o tipo de ementa, Pedro Soares dos Santos não revelou mais detalhes. “Não vou roubar essa surpresa aos meus colegas”, explicou com humor. “Se calhar até já falei demais aqui”, comentou.

Mas Soares dos Santos admite – “continuando a falar de comida, que é o nosso mundo” -, que a Jerónimo Martins e o Pingo Doce vão continuar a “inovar nos produtos de marca própria, o que se notará em várias áreas, mas em especial no segmento dos vinhos”, afirmando que “é na área da comida que fazemos a diferença”.

Assim, o grupo avançou para um segundo investimento numa segunda unidade de “Cozinha Central”, desta feita em Aveiro. “Investimos 17 milhões de euros numa infraestrutura que confecciona cerca de 10 mil toneladas de produtos cozinhados por ano, para podemos abastecer a casa dos portugueses”. A primeira “Cozinha Central” abriu em Odivelas. A segunda, em Aveiro, “já está a funcionar. Agora será a vez do Pingo Doce abrir o seu primeiro restaurante sozinho”, comenta Soares dos Santos. No conjunto da rede “já temos mais de 40 restaurantes e 400 lojas com venda de comida pronta, o que faz com que o Pingo Doce venha a ser uma mistura de restauração e supermercados”.

Sob a orientação a dar ao tipo de soluções para embalagens na área da restauração – e em todas as restantes áreas, em geral – a Jerónimo Martins explica que tem uma noção muito precisa do que deve ser a racionalidade e sustentabilidade das embalagens e a forma como recorre aos plásticos. “Não precisamos dos governos para saber o que fazer no futuro das nossas vidas”, adianta Pedro Soares dos Santos, indicando que há vários anos que a JM tem vindo a reduzir a utilização de plásticos, promovendo igualmente o recurso a soluções recicladas.

Por essa razão, o Grupo JM também avançou com uma loja para testar tecnologia e novos produtos, resultante de uma aliança portuguesa e polaca, designada Pingo Doce & Go, na Nova SBE, aberta em setembro de 2019. “Tem sido uma surpresa, o comportamento das pessoas que vão à loja”, comentou o presidente da JM, referindo que dentro de pouco tempo, quando esta iniciativa completar seis meses, em março, será feita uma análise detalhada das conclusões que permitirá retirar.

No meio dos projetos de crescimento da JM para a área alimentar, um dos constrangimentos continua a ser a dificuldade de obter licenciamentos industriais em Portugal. “Continua a ser muito difícil”, refere Pedro Soares dos Santos, explicando que “há um ano e meio que estamos à espera da fábrica de massas, no Porto”. Relativamente a obras, a JM aguarda que entre setembro e outubro próximos possam começar as obras da sede do Grupo JM, na praça de Espanha, em Lisboa, “onde vamos ter quase toda a estrutura para gerir a operação em Portugal”, remata o presidente do grupo.

 

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