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Placard verificou apostas de dois milhões em café fechado

O estabelecimento em causa foi vendido no início do mês de fevereiro, com a escritura para o novo dono assinada no dia 6 de fevereiro. As apostas no jogo do Placard foram registadas entre 9 e 12 de fevereiro.
28 Fevereiro 2020, 13h52

Em quatro dias, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) perdeu perto de dois milhões de euros em apostas no Placard, avança o jornal “Público” esta sexta-feira, 28 de fevereiro. A SCML confirmou à publicação que já apresentou queixa às autoridades e assumiu que “perante a deteção de um volume anómalo de apostas entre os dias 9 e 12 de fevereiro num mediador localizado em Famões, concelho de Odivelas, o Departamento de Jogos de Santa Casa accionou de imediato todos os procedimentos e mecanismos necessários, incluindo a suspensão cautelar do terminal em causa”.

O estabelecimento em causa foi vendido no início do mês de fevereiro, com a escritura para o novo dono assinada no dia 6 de fevereiro. O antigo proprietário, Virgílio Pereira, de 79 anos, disse ao “Público” que “o café está fechado desde 10 de fevereiro”, tendo explicado ao novo proprietário o funcionamento e códigos de acesso às apostas dos jogos, à data do encerramento.

O antigo proprietário garantiu que só soube da aposta de dois milhões de euros no passado dia 17 de fevereiro quando o banco onde tinha a conta da empresa avisou que alguém se tinha dirigido à entidade para levantar dinheiro. Com a passagem do café para outros donos, estes últimos são os responsáveis pela dívida de dois milhões de euros à SCML.

Virgílio Pereira assumiu à publicação que o valor em causa é muito elevado para o estabelecimento. “Eu em jogos entregava todas as semanas à Santa Casa pouco mais de dois mil euros”, disse, acrescentando que “cada jogador não pode apostar mais do que cinco mil euros por dia no Placard”.

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