Os países do sul da Europa são quem mais aposta no desenvolvimento de políticas para a habitação. No caso de Portugal, a segunda edição do estudo Public Policy Digest, realizado pela plataforma de arrendamento Housing Anywhere, destaca a proatividade do país em receber os nómadas digitais, nomeadamente através da criação de um visto para este segmento do mercado.
A plataforma dá ainda relevância aos programas de apoio aos jovens em Portugal, como o Porta 65, e a limitação do número de alojamentos locais em zonas urbanas com o objetivo de resolver os problemas de escassez de oferta para fins residenciais nas zonas centrais das cidades portuguesas, próximas de universidades ou outros locais de ensino.
O atual relatório aborda três aspetos que a plataforma vê como fundamentais para resolver o problema da escassez estrutural da oferta de habitação: a falta de uma regulamentação reativa e flexível, a falta de uma abordagem global da vida das pessoas e a falta de colaboração entre os potenciais fornecedores de soluções.
Djordy Seelmann, CEO da HousingAnywhere, considera que “as novações induzidas pela tecnologia aceleram as mudanças. No entanto, muitas vezes, as mudanças reais não se refletem nos debates políticos. Ao não se adaptarem à evolução das necessidades da sociedade, as políticas acabam inadvertidamente por regular uma realidade obsoleta, perdendo assim a sua principal eficácia e relevância”.
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