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PM diz que se só opôs à divulgação de dados sobre 6 imóveis urbanos da sua residência e família

O Correio da Manhã noticiou hoje que o primeiro-ministro se teria oposto “à divulgação do número da matriz dos seus imóveis e a Entidade para a Transparência aceitou”, acrescentando que “o primeiro-ministro não permite o acesso público ao número da matriz dos 55 imóveis que declarou”.
Luis Montenegro, President of the Social Democratic Party, the main opposition in Portugal, gestures during an interview with Reuters, in Lisbon, Portugal, December 5, 2023. REUTERS/Pedro Nunes/ File Photo
31 Agosto 2025, 20h19

O primeiro-ministro afirmou hoje que se opôs ao acesso público de “dados pessoais sensíveis” sobre seis imóveis urbanos da sua residência e família, e não de 55, mas todos foram declarados à Entidade para a Transparência (EpT).

“Ao contrário do que foi noticiado, a oposição não incidiu sobre 55 imóveis. Refere-se tão somente a seis imóveis urbanos que constituem a sua morada da residência habitual e as moradas de residências da família mais próxima. Esse pedido de oposição funda-se diretamente na lei e, por isso, foi deferido pela Entidade para a Transparência”, refere um comunicado emitido pelo gabinete de Luís Montenegro, em reação ao que classificou de “notícias incorretas e equívocas”.

O Correio da Manhã noticiou hoje que o primeiro-ministro se teria oposto “à divulgação do número da matriz dos seus imóveis e a Entidade para a Transparência aceitou”, acrescentando que “o primeiro-ministro não permite o acesso público ao número da matriz dos 55 imóveis que declarou”.

Em comunicado, o gabinete do chefe do Governo refere que “o pedido apresentado à Entidade para a Transparência visou exclusivamente garantir a proteção de dados pessoais sensíveis que permitem identificar as moradas de habitação própria e da família do primeiro-ministro, tal como sucede com outros titulares de cargos políticos”.

“A divulgação pública das moradas dessas residências, através de documentos que as identificam, constitui um risco acrescido para a segurança do primeiro-ministro e da sua família, implicando a mobilização de meios de segurança pública que se revelam impraticáveis e dispendiosos para o erário público”, acrescenta o comunicado.

Na nota, salienta-se que “todas as cadernetas prediais dos respetivos prédios urbanos e rústicos da titularidade do primeiro-ministro encontram-se arquivadas na Entidade para a Transparência”, para efeitos de controlo do património e dos rendimentos.

Luís Montenegro defende que a proteção solicitada relativa aos seis imóveis urbanos “não prejudica minimamente o escrutínio e o acesso a documentos demonstrativos das condições de aquisição, como escrituras públicas”.

“Alegar o contrário implica má-fé e perversão da factualidade”, acusa, ainda.

À saída do encerramento da Universidade de Verão do PSD, o primeiro-ministro tinha negado que se tivesse oposto à divulgação do número da matriz dos seus imóveis declarados à Entidade para a Transparência (EpT).

“Eu não me opus nada à divulgação da matriz” disse Luís Montenegro aos jornalistas, negando existir algum receio relativo à publicidade desses elementos.

“Não há receio nenhum. É um disparate dizer isso. É um disparate mesmo”, afirmou o primeiro-ministro.

Segundo a legislação, “com fundamento em motivo atendível, designadamente interesses de terceiros ou salvaguarda da reserva da vida privada, o titular do cargo pode opor-se ao acesso parcelar ou integral aos elementos constantes da declaração de rendimento e património”, cabendo à EpT tomar uma decisão.

 

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