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PME portuguesas entre as mais afetadas pelo impacto da pandemia

Em Portugal, 36% das PME garantem que a falta de dinheiro em caixa vai ser o principal problema a curto prazo, e 23% das empresas já tiveram de reduzir o número de colaboradores.
15 Julho 2020, 12h23

As pequenas e médias empresas (PME) portuguesas destacam-se como as mais afetadas pelo impacto negativo da pandemia de Covid-19. De acordo com o ‘Global State of Small Business Report’ publicado pela Facebook, Portugal destaca-se pela queda de vendas, sendo que 23% das PME inquiridas acabaram mesmo por fechar portas.

Em Portugal, 36% das PMEs garantem que a falta de dinheiro em caixa vai ser o principal problema a curto prazo, e 23% das empresas já tiveram de reduzir o número de colaboradores. Em países dependentes da indústria do turismo, como é o caso de Portugal, as PME foram particularmente afetadas. Em números globais, 54% das agências de turismo e 47% dos negócios de hospitalidade, como o alojamento local, anunciaram o fecho.

Globalmente, entre janeiro e maio deste ano, mais de um quarto das empresas europeias fecharam, e um terço teve que reduzir o número de colaboradores, o que pode indicar que se aproxima uma longa crise de emprego.

O Facebook revela ainda que existe uma assinalável desigualdade de género entre as PME mais afetadas pela crise económica. Os negócios liderados por mulheres têm 7% mais probabilidade. Em Portugal, 73% das PME lideradas por mulheres estão abertas e operacionais, sendo que as lideradas por homens tem uma percentagem superior, 81%. No entanto, em alguns países como Espanha (68% de PME lideradas por mulheres e 72% por homens) e Reino Unido (55% de PME lideradas por mulheres e 59% por homens) as lideranças femininas foram ainda mais afetadas.

Por outro lado, entre os países que detêm uma robusta digitalização das empresas, existem exemplos de resiliência. Na Irlanda e Rússia, 65% das PME garantiram que 25% ou mais das vendas foram exclusivamente online – neste segmento, Portugal também está atrás, com apenas 46% das PME portuguesas a vender 25% ou mais online.

Portugal continua a ser um dos países mais pessimistas da Europa e, segundo o relatório, apenas 39% dos líderes das PME nacionais estão otimistas em relação ao futuro do negócio.

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