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PNI 2030: Governo planeia investir 21,6 mil milhões de euros em transportes e mobilidade

Pedro Nuno Santos refere que Portugal tem hoje “condições para que os diferentes governos e partidos políticos se possam comprometer com um programa mais consensual do que era costume”.
Cristina Bernardo
22 Outubro 2020, 17h14

O Governo planeia investir 21,6 mil milhões de euros nos transportes e na mobilidade. A informação é divulgada no Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que esta quinta-feira, 22 de outubro, foi apresentado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em Lisboa.

No palco, Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação começou por referir que Portugal tem hoje condições para que os diferentes, governos e partidos políticos se possam comprometer com um programa mais consensual do que era costume.

A maior fatia deste investimento para o setor da ferrovia com 10.510 milhões de euros, englobados em 16 programas, que é vista por Pedro Nuno Santos como uma prioridade europeia. “Em Portugal não temos o melhor histórico em termos de ferrovia. Durante décadas achou-se que a ferrovia era passado e a aposta foi feita na rodovia”, realçou.

Destes 16 programas o grande destaque vai para a nova linha de alta velocidade que vai permitir ligar Lisboa ao Porto em 1h15 minutos. “Desde o início que a prioridade devia ser a aproximação destas duas áreas metropolitanas”, frisou o ministro, deixando o alerta de que “esta é uma linha cara e altamente dispendiosa”.

O investimento nesta nova linha será de 4.500 milhões de euros, estando previstos 900 milhões de euros para a primeira fase que vai ligar a nova linha do Porto a Vigo. Pedro Nuno Santos salientou que de nada vale construir novas linhas ferroviárias senão existirem comboios, e como tal haverá também um investimento em novo material circulante de comboios urbanos (680 milhões), de longo curso (650 milhões) e regionais (385 milhões).

Para o setor rodoviário o maior investimento será feito no programa de segurança rodoviária, renovação e reabilitação, reduzindo o ruído e fazendo a adaptação para as alterações climáticas, com 530 milhões de euros.

No panorama aeroportuário serão investidos mil milhões de euros para a expansão aeroportuária da região de Lisboa.

Por último, o setor marítimo-portuário irá ver investimentos significativos serem realizados nos portos de Sines (940 milhões de euros), Leixões (379 milhões) e Lisboa (265 milhões).

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