As unidades de turismo rural de Portugal e Espanha como espaços mais acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida, deficiência ou limitações de ordem sensorial e mental é um dos objetivos do Politécnico da Guarda, que estará em debate na quarta-feira.
Para isso, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) promove na quarta-feira as Jornadas Luso-Espanholas de Turismo Acessível e Sustentável, na Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia.
O encontro vai juntar profissionais dos dois países para trabalharem em soluções para os seus negócios com a colaboração de investigadores, docentes e estudantes de Informática, Marketing e Design do IPG.
O objetivo é gerar novas atividades económicas e criar mais emprego.
As jornadas fazem parte das ações do polo turístico do projeto RIS Fronteira, em que participa o Politécnico da Guarda, enquadrado no Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP).
“No centro destas jornadas vai estar a forma de as empresas turísticas darem resposta às necessidades e expectativas de pessoas com deficiência, idosos e outros grupos com necessidades específicas a nível físico, mental ou sensorial”, referiu Ricardo Guerra, diretor da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH).
O objetivo é “identificar os obstáculos existentes nas diferentes atividades turísticas em zonas rurais e promover o desenvolvimento e a inovação que as tornem mais acessíveis e inclusivas, fidelizando clientes e alargando o seu mercado para outros públicos”, acrescentou o responsável.
A atividade vai envolver equipas multidisciplinares que irão desenvolver soluções criativas, tecnológicas e sociais para problemas de acessibilidade, sustentabilidade e inclusão no turismo.
Os três melhores projetos apresentados nestas Jornadas Luso-Espanholas de Turismo Acessível e Sustentável vão receber prémios patrocinados por empresas dos dois países.
“Como pode ser usada a tecnologia para criar destinos mais acessíveis, eficientes e inclusivos; como tornar a informação turística verdadeiramente acessível a todos os públicos; ou como garantir que o turismo pode gerar impacto social e territorial positivo e duradouro”, são os desafios lançados pela organização.
Para Teresa Paiva, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e responsável pelo RIS Fronteira no IPG, “esta atividade tem como objetivo, não só fomentar a inovação, mas também gerar uma maior consciencialização sobre a necessidade de tornar o turismo mais acessível e inclusivo para todos”.
Segundo o programa, a colaboração transfronteiriça vai permitir “partilhar experiências, identificar soluções viáveis e construir um modelo de turismo mais justo e inclusivo” para a região.
O projeto RIS Fronteira destina-se a promover uma rede de Centros de Inovação Social ou ‘hubs’ transfronteiriços de empreendedorismo no domínio das novas economias (saúde e cuidados, turismo inovador e economia ecológica) no distrito da Guarda e nas províncias espanholas de Salamanca, León e Zamora.
No ‘hub’ de Turismo, a ideia é criar atividades económicas, gerar emprego local e fomentar a formação em matéria de sustentabilidade e acessibilidade, “dotando as empresas e as comunidades rurais de ferramentas para atrair um público mais vasto e diversificado”.
O RIS Fronteira envolve a Asociación ASPRODES, (Salamanca), Politécnico da Guarda; Plena Inclusión Castilla y León (Valladolid), ADM Estrela (Guarda), Fundação INTRAS (Valladolid), CERCIG (Guarda), Fundación ASPAYM Castilla y León (Valladolid), Câmara Municipal da Guarda e Gerencia de Servicios Sociales de Castilla y León (Valladolid).
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