No quarto trimestre de 2020, 12,3% da população empregada indicou ter exercido a sua profissão sempre ou quase sempre em casa na semana de referência ou nas três semanas anteriores (597,5 mil pessoas), menos 1,9% (84,4 mil pessoas) que no trimestre anterior. Destas, 474,4 mil pessoas (79,4%) indicaram que a razão principal para ter trabalhado em casa, sem surpresa, se deveu à pandemia COVID-19, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística.
Entre os que trabalharam sempre ou quase sempre a partir de casa, 94,3% (563,5 mil) fizeram-no com recurso a tecnologias de informação e comunicação (TIC). Dito de outro modo, estiveram em teletrabalho. Aquela estimativa correspondeu a 11,6% do total da população empregada, menos 1,8% que no trimestre anterior, e diminuiu 12,6% (80,9 mil) em relação ao 3.º trimestre de 2020.
À semelhança do trimestre anterior, não houve diferença no número médio de horas semanais trabalhadas entre os que o fizeram a partir de casa e os que trabalharam fora de casa (37 horas em ambos). Considerada a população empregada total, estas médias descem para 35 e 33 horas semanais, respetivamente.
Entre a população empregada que não trabalhou em casa na semana de referência ou nas três anteriores, 166,9 mil pessoas (4,5%) estiveram ausentes do trabalho durante esse período, 15,4% (25,6 mil) das quais devido à pandemia da covid-19, um valor inferior em 60,6% (426,5 mil) ao observado no terceiro trimestre de 2020.
Os resultados foram obtidos no inquérito ao emprego sobre “Trabalho a partir de casa”, que pretende aferir o impacto da pandemia covid-19 na dinâmica do mercado de trabalho, nomeadamente sobre a evolução do trabalho a partir de casa em sequência das medidas de contenção da referida pandemia.
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