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Por trás dos números – Os ‘Midas’ e a arte de bem investir

Foi a paixão pelos números que os levou a querer perceber o que explica as oscilações das ações. Habituados a lidar com a alta pressão, os analistas de mercados são inundados por avalanchas de dados financeiros, que analisam para acautelar e valorizar os investimentos dos clientes. Consideram que há excesso de regulação e que a tecnologia prejudicou os pequenos investidores.
21 Agosto 2019, 07h45

Aos nove anos de idade, Pedro Lino já vestia a pele de um gestor de ativos. Num caderno, apontava a evolução das ações das empresas em que a mãe e a tia tinham investido. “Fazia os cálculos e transmitia se estavam a ganhar ou a perder”, contou o analista da Dif Broker. “Esse exercício levou à paixão pelos mercados financeiros e por perceber os movimentos que lhes estavam subjacentes”. Seis anos mais tarde, nos intervalos da escola, lia a evolução das cotações no extinto “Diário Económico” e, “ingenuamente”, começou a calcular o valor que teria acumulado ao fim de dez anos de investimento, com um retorno diário de 1%. “Segundo a minha folha de cálculo em lotus123, não precisaria de trabalhar para terceiros e isso condicionou a forma como via o emprego”, afirmou.

Diferente da adrenalina de acertar num número na roleta do casino, investir em ações obriga a um estudo cuidado sobre que títulos comprar com o objetivo de gerar retornos antecipados. É a realização de mais-valias que comprova a mestria com que os analistas interpretam os dados financeiros que estudam para aconselhar os seus clientes. Foi assim que João Pisco, Head of Bankinter Research Portugal, ainda na faculdade, percebeu que tinha veia de investidor.

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