O mês de janeiro verificou um movimento de 8,25 milhões de toneladas nos portos do continente, mais 7,1% do que o registado no período homólogo de 2018, equivalendo a cerca de mais de 550 mil toneladas, segundo um comunicado emitido pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) esta quarta-feira.
Este crescimento deveu-se principalmente aos portos de Sines e Setúbal, que registaram subidas de 19,7% e 3,5%, respetivamente. Os dois portos foram os únicos que independentemente do tipo de carga movimentada, tiveram um registo positivo. Em sentido inverso, a Figueira da Foz destacou-se pelo valor mais negativo com 25,5%, que “se traduz na significativa irregularidade mensal que o caracteriza”, indica a AMT.
Ao nível dos portos comerciais, registou-se um total de 835 escalas (-3,5% face a janeiro de 2018) de navios de diversas tipologias no primeiro mês do ano de 2019, o equivalente a um volume global de arqueação bruta (GT) superior a 16,7 milhões (+9,7%), com Sines a registar o maior aumento com 16% (+1,6% no número de escalas), verificando o volume mais elevado de sempre, com cerca de 8,5 milhões.
Em termos de fluxos de carga, a variação global observada no movimento portuário em janeiro de 2019 foi positiva em ambos, sendo mais expressiva nos desembarques do que nos embarques, refletindo acréscimos respetivos de 8,6% e de 4,7%, correspondentes a 140,3 e a 408,2 mil toneladas.
No setor dos contentores o sistema portuário do Continente movimentou em janeiro de 2019 o volume de 261.055 TEU (twenty foot equivalent unit), uma variação homóloga de mais 15,4% face a 2018. Este comportamento é suportado no crescimento de Leixões e de Sines, com mais 21,5% e mais 21,9%, que, juntamente com Setúbal e Figueira da Foz, conseguiram anular a variação negativa de Lisboa (13,3%).
Neste segmento, destaca-se o porto de Sines que reforçou a liderança com uma quota de 61,5%, superior em 3,3 p.p ao valor homólogo de 2018, mas inferior em 0,8 p.p ao máximo histórico de 2017.
Viana do Castelo, Figueira da Foz e Setúbal foram os portos que apresentaram um perfil de porto “exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 89,4%, 67,1% e 50,2%, respetivamente.
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