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Portugal assegura 30 milhões de vacinas com a Pfizer/BioNTech e Moderna

Até ao final do mês, 74 mil portugueses estarão vacinados contra a Covid-19 sendo que até março esse número aumenta para 810 mil. Imunização nos lares e profissionais de saúde “está praticamente completa”, garante o coordenador da task force.
  • LUSA/ANDRÉ KOSTERS
28 Janeiro 2021, 12h54

Portugal assegurou 29,5 milhões de doses da vacina da Pfizer/BionTech e Moderna. A notícia foi avançada pelo coordenador da task force criada pelo Governo para gerir o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, esta quinta-feira, mas não adiantou dados quanto à data de chegada.

Francisco Ramos aproveitou a conferência de imprensa de atualização do programa para comunicar o “balanço altamente positivo” do esforço de inoculação até agora, falando em “entusiasmo” da população em geral e, sobretudo, dos profissionais de saúde envolvidos na luta contra a infeção causada pelo novo coronavírus.

Até ao final de março, o calendário de vacinação prevê que Portugal receba 1,5 milhões de doses no primeiro trimestre das duas vacinas já aprovadas pela Agência de Medicamento Europeia (EMA) e cerca de 5 milhões no segundo trimestre.

Desde de dia 27 de dezembro, Portugal já recebeu 377.770 doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 e 8.500 da Moderna. Destas, a 19.500 foram reencaminhadas para os Açores e a Madeira.

74 mil portugueses já imunizados contra a Covid-19

Segundo o coordenador, até ao ao final do mês estarão vacinadas 74 mil pessoas, com 178.100 pessoas que já tomaram a primeira dose do fármaco da Pfizer/BioNTech e 5.400 da Moderna.

Francisco Ramos adianta que já foram vacinados 57.500 profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) enquanto que 16 mil ainda só tomaram a primeira dose. Já os profissionais de saúde de hospitais privados e das misericórdias, 2.370 iniciaram a vacinação mas ainda nenhum a completou.

Nos lares e cuidados continuados, a prioridade do processo de vacinação, os dados indicam que das 200 mil pessoas a vacinar, já tomaram a primeira dose 164 mil, restando ainda 30 mil pessoas que ainda não foram vacinadas por situações de surto, que, segundo o responsável acontece em 205 entidades, 1901 lares e 14 unidades de cuidados continuados.

A execução da vacinação está a correr como prevista”, garantiu o responsável, acrescentando que está “praticamente concluída [a vacinação] nos lares e cuidados continuados dos profissionais de saúde”.

Quanto às reações adversas, Francisco Ramos adiantou que registaram 506 notificações, garantido que “não houve nenhuma reação prevista que não estava no resumo de características do medicamento” e que os “os valores vão em linha com os dados provisórios com o resto da Europa”.

A comunicação aos cidadãos para que estes possam agendar a sua vacinação processar-se-á por SMS, que será enviado pelo 2424, ou por correio, caso não esteja disponível um contacto telefónico. No entanto, para os utentes que não usem os centros de saúde regularmente, foi desenvolvida uma declaração eletrónica que “funciona como receita médica”.

“O que se desenvolveu foi uma declaração eletrónica passada pelo medico assistente a atestar que as pessoas têm essas patologias”, explica o coordenador da equipa responsável pela definição do programa.

O plano de vacinação prevê ainda “pelo menos um ponto de vacinação em cada agrupamento de centros de saúde” até ao final de fevereiro, sendo que até março este objetivo passa por um ponto em cada concelho continental.

“Outro ponto em preparação é a criação dos centros de vacinação”, explicou Francisco Ramos, que reconheceu a importância destas estruturas quando “tivermos condições de massificar a vacinação”.

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