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Portugal Blue Digital Hub vai acelerar a transformação digital e ecológica da economia azul

O PBDH inscreve-se no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela Comissão Europeia, e é reconhecido com o Selo de Excelência, atribuído pela Comissão Europeia.
15 Julho 2024, 15h03

Os presidentes do Fórum Oceano, Carlos Costa Pina, e do IAPMEI, Luís Guerreiro, participaram no lançamento do programa Portugal Blue Digital Hub (PBDH) que o Fórum Oceano – Cluster da Economia Azul de Portugal promoveu no Centro de Congressos do Estoril.

O PBDH visa acelerar a transformação digital e ambiental das PME, start-ups e organizações públicas da Economia Azul portuguesa.

“Oportunidades de investimento na economia azul, inovação enquanto fator de desenvolvimento e a utilização de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial, que não só digitalizam, mas também descarbonizam e suportam a circularidade nas cadeias de fornecimento das start-ups, PMEs e organizações do setor público”, foram alguns dos temas debatidos na sessão de lançamento do programa Portugal Blue Digital Hub (PBDH), um projeto liderado pelo Fórum Oceano – Cluster da Economia Azul de Portugal, que teve a sessão de kick-off público na última quarta-feira, inserida no evento internacional Digital With Purpose Global Summit 2024, no Centro de Congressos do Estoril.

Carlos Pinho, Lead Manager do projeto PBDH  explicou que “um dos grandes desafios – e oportunidade – do projeto é dinamizar os ecossistemas de inovação e abri-los para uma nova geração de empreendedores, que irão construir um novo cluster da economia azul em Portugal e na União Europeia”.

“Esse novo cluster deverá estar alinhado com as metas traçadas para a Europa em 2050, suportado por várias transições globais simultâneas a que já estamos a assistir”, acrescentou.

O responsável pelo projeto diz ainda que o PBDH permitirá que “empresas e entidades públicas acedam a uma vasta gama de serviços, incluindo formação, consultoria e apoio especializado, locais de teste e validação, aceleração empresarial e apoio ao financiamento. Ao mesmo tempo, estaremos a incentivar o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas que promovam a descarbonização e a economia circular, com um foco especial na inteligência artificial, procurando capacitar as empresas e as entidades públicas para tirar o melhor partido dessas novas soluções”.

Já Carlos Costa Pina, presidente do Fórum Oceano, realçou que “o uso sustentável da água, bem como a gestão competitiva do mar, exigem tecnologia e, neste âmbito, o PBDH é o projeto que responde a este desafio, mas de forma colaborativa baseada numa vasta rede de parceiros, numa perspetiva holística capaz de atuar nos mais diversos aspetos e necessidades da Economia Azul”.

A sessão foi encerrada por Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI, que considerou o PBDH “um exemplo muito importante das coisas em que somos bons em Portugal” e “do que podemos conquistar se trabalharmos em conjunto, se reunirmos empresas, institutos técnicos, universidades e todos os agentes”, pois é assim que se consegue “rentabilizar as ideias e criar riqueza”.

O primeiro tema a debate, “Capacity Building, Training and Acceleration”, juntou desde logo representantes de áreas diversas, o que permitiu explorar diferentes abordagens e estratégias para a capacitação, formação e aceleração. Ana Filipa Costa, diretora de Sustentabilidade e de Economia Azul da Beta-i – collaborative innovation, Isabel Moura Ramos, membro do Conselho Executivo do Porto de Lisboa, Lara Ramos, gestora de projetos do ISQ, Mário Assunção, Professor da Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, e Tiago Filipe Marques, consultor de Inovação da Beta-i – collaborative innovation, participaram no painel.

Como mote para a discussão, que envolveu representantes de PME, corporações, entidades públicas, academia, associações, começou por ser apresentado o trabalho que o PBDH está a desenvolver no domínio da incubação e da aceleração, sendo explicados a metodologia e alguns dos programas que estão a ser planeados, bem como algum dos resultados já alcançados apesar do projeto ser muito recente.

Todos esses são fatores que visam transformar o setor da economia azul.

Fo também referido haver dados da OCDE que demonstram haver neste setor muitas oportunidades para Portugal, as quais poderão ser escaladas mesmo a nível internacional, dando ao nosso país a possibilidade de se afirmar na vanguarda da economia azul.

Seguiu-se a conversa sobre “Development, Data and Test Sites” entre os especialistas Ana Paula Mucha, do CIIMAR, André Barriguinha, da NOVA IMS Information Management School, e Telmo Geraldes Dias, do Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa.

Por último, o tema “Investment and Funding” levou os especialistas Carlos Pinho, do Fórum Oceano e do Portugal Blue Digital Hub, Hugo Marques Sousa, da Magellan Circle, Maurício Marques, da Yacooba Labs, e Rodrigo Oliveira, do Fórum Oceano, a debruçarem-se sobre as oportunidades de financiamento e investimento na Economia Azul, o valor agregado para startups, PMEs e entidades públicas.

O Digital with Purpose (DWP) Global Summit é um evento para líderes digitais que reúne decisores dos sectores público e privado para acelerar a utilização e a adoção de inovações digitais que beneficiem a sociedade e criem impacto positivo na sociedade.

O consórcio Portugal Blue Digital Hub, liderado pelo Fórum Oceano e composto por 16 entidades nacionais, visa promover a transformação digital das PME e entidades públicas do setor da Economia Azul nacional.

“Este projeto incentiva a interoperabilidade de empresas, o empreendedorismo e a atração de investimento estrangeiro, com foco no desenvolvimento de serviços baseados em Inteligência Artificial. Além disso, promove a digitalização do setor público na área do mar, simplificando o acesso a dados”, explica a organixzação.

O PBDH inscreve-se no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela Comissão Europeia, e é reconhecido com o Selo de Excelência, atribuído pela Comissão Europeia.

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