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Portugal cai dois lugares na atração de investimento estrangeiro em 2024 para 9.º

Portugal caiu dois lugares em 2024 no ‘ranking’ de atratividade dos países europeus em termos de investimento direto estrangeiro (IDE), para nono, de acordo com o EY Attractiveness Survey.
26 Setembro 2025, 00h06

Portugal caiu dois lugares em 2024 no ‘ranking’ de atratividade dos países europeus em termos de investimento direto estrangeiro (IDE), para nono, de acordo com o EY Attractiveness Survey esta quinta-feira divulgado.

“Este resultado enquadra-se, por um lado, numa conjuntura europeia de crescimentos económicos mais lentos, com taxas de juro elevadas e o peso das dívidas públicas ainda expressivo”, refere o estudo da EY.

Por outro lado, a consultora aponta o “contexto de incerteza macroeconómica e política, com tensões regionais e globais que afetam as cadeias de abastecimento e, como consequência, a confiança dos investidores”.

Ainda assim, Portugal manteve-se nos primeiros 10 países europeus mais atrativos para IDE, no ano passado, em resultado do aumento de 21% no número de novos projetos.

Segundo o estudo, o país “continua a destacar-se como um relevante centro de IDE na Europa, mantendo-se no top em termos de volume de projetos e criação de emprego, o que pode atribuir-se à resiliência demonstrada pelo país face a choques económicos e ao seu posicionamento geográfico estratégico para a captação de IDE com origem fora da Europa”.

O país acolheu um total de 196 projetos de IDE, o que representa uma descida de 11% em 2024, uma vez que apesar de o número de novos projetos a entrar em Portugal ter excedido o do ano anterior em 21%, o de projetos de expansão desceu 50%.

Já a criação de emprego ligada ao investimento estrangeiro cresceu ligeiramente (1% em relação ao ano anterior), o que contrasta com a tendência europeia de diminuição expressiva (-16%).

Em Portugal, a criação média de emprego por projeto aumentou 3% em 2024.

“A perceção dos investidores em relação ao talento português continua reforçada, com um reconhecimento crescente das qualificações e capacidade de inovação, embora persistam preocupações em torno da oferta de competências críticas em setores como a tecnologia, a engenharia e a energia”, aponta a análise da EY.

Apesar de continuar atrativo, apenas 60% dos executivos inquiridos preveem estabelecer ou expandir as suas operações em Portugal dentro de um ano, abaixo dos 84% do inquérito anterior, mas ligeiramente acima da média europeia.

A confiança nas perspetivas a médio prazo também amenizou, com 61% a antecipar um crescimento da atratividade de Portugal nos próximos três anos, em comparação com os 78% do ano anterior, embora em linha com a Europa.

Este estudo define a atratividade como uma combinação de imagem, confiança do investidor e perceção da capacidade de um país ou região de oferecer os benefícios mais competitivos para o IDE, tendo sido inquiridos 200 investidores de diferentes origens: Europa Ocidental (54%), América do Norte (17%), Europa do Norte (18%), Ásia (6%) e Brasil (5%).

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