Portugal pagou menos para colocar mil milhões de euros em dívida a longo prazo, o montante máximo pretendido. Num leilão duplo nesta quarta-feira que tinha o montante indicativo global entre 750 e mil milhões de euros, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública colocou 686 milhões de euros em dívida a dez anos e 314 milhões de euros em dívida a 16 anos.
A instituição presidida por Cristina Casalinho emitiu 686 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 10 anos com uma taxa de alocação de 0,314%, que compara com os 0,397% registados no último leilão comparável. A procura superou a oferta em 1,46 vezes.
O Tesouro colocou ainda 314 milhões de euros em dívida a 16 anos com uma taxa de alocação de 0,622%, tendo a procura superado a oferta em 2,10 vezes.
“O resultado de ambos os leilões, mostram que o prémio de risco de Portugal continua a ser apenas impactado pelo movimento das dívidas soberanas europeias. O Banco Central Europeu iniciou o processo de abrandamento de compras no programa de compras de emergência pandêmica, que levou numa fase inicial a uma subida de yields, mas que parece ter estabilizado”, assinala Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa. “Esperam-se taxas mais elevadas para 2022, mas tal irá depender da atuação do BCE, bem como do desempenho das economias”, acrescenta.
O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar apenas mais um leilão de de dívida de curto prazo no quarto trimestre deste ano, com o objetivo de angariar até 1,25 mil milhões de euros. Prevê ainda a colocação de dívida a longo prazo, mas somente através de leilões, não estando prevista mais nenhuma venda sindicada neste ano.
Segundo as linhas de atuação para o quatro trimestre, a instituição presidida por Cristina Casalinho o leilão de dívida a seis meses e 12 meses terá lugar a 17 de novembro, com um montante global indicativo entre mil milhões e 1,25 mil milhões de euros. No quarto trimestre, o IGCP prevê ainda emissões de Obrigações do Tesouro através de leilões, sendo esperadas colocações de mil milhões a 1,25 mil milhões de euros por leilão.
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