Portugal com desempenho acima da média no mercado europeu de Leasing e Factoring 2024

Foram oficialmente divulgados os resultados de leasing e factoring na Europa, onde Portugal surge com um desempenho acima da média.

De acordo com os dados preliminares da Leaseurope, Federação Europeia de Leasing e Renting, o volume total de novos negócios de leasing cresceu 2,3% na Europa (totalizando 409 mil milhões de euros) e em Portugal cresceu 18,1%.

A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting faz parte da Federação Europeia de Leasing e Renting.

O volume em carteira (outstanding) de leasing na Europa também aumentou 7%, totalizando 726 mil milhões de euros.

O leasing de automóveis, que nas estatísticas europeias inclui o renting, foi o principal motor do crescimento, com um aumento de 4,4%, alcançando 295 mil milhões de euros em novos contratos.

Já o leasing de equipamentos registou uma contração de 2,7% (102 mil milhões de euros), assim como o imobiliário, que decresceu 3,3%, situando-se nos 12 mil milhões de euros.

“Em Portugal, segundo dados da ALF, o leasing registou um crescimento de 18,1%, superando largamente a média europeia”, sublinha a associação.

Analisando por tipo de ativo, o leasing de automóveis em Portugal cresceu 17,4%, enquanto o leasing de equipamentos aumentou 4,5%.

O leasing imobiliário, por sua vez, registou um crescimento surpreendente de 32,8%, contrariando a tendência negativa observada na maioria dos mercados europeus.

As estatísticas europeias revelam que o leasing em Portugal atingiu os 4,2 mil milhões de euros em novos contratos, representando um aumento de 18,1%.

Já o factoring, de acordo com os dados da EUFederation, Federação Europeia de Factoring, registou um aumento de cerca de 1% no mercado europeu (totalizando 2,48 biliões de euros em créditos tomados) e 3,4% em território nacional, “posicionando o país como um dos mercados mais sólidos e competitivos da Europa”, diz a associação nacional.

No factoring, o mercado europeu manteve a trajetória de crescimento, embora a um ritmo mais moderado, revelam os dados.

“De acordo com os dados da EUFederation, o volume total de créditos tomados na Europa atingiu os 2,48 biliões de euros, refletindo uma taxa de crescimento de cerca de 1% face a 2023, confirmando a tendência de estabilização do setor, após vários anos marcados por crescimentos a dois dígitos”, refere a ALF.

A produção de factoring subdividiu-se entre o factoring doméstico, que totalizou 1,9 biliões de euros, e o factoring internacional, que alcançou os 580 mil milhões de euros.

“Portugal continua a destacar-se como um dos mercados mais sólidos da Europa. Em 2024, o volume total de créditos tomados ascendeu a 45,7 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 3,4% face ao ano anterior, consolidando o desempenho já positivo de 2023, ano em que o país registou um crescimento de 5%”, destaca a associação do setor.

A penetração do factoring no Produto Interno Bruto atingiu os 18,9% em 2024, mantendo Portugal entre os três países líderes da Europa, a par de Espanha e Bélgica. A quota de mercado portuguesa corresponde agora a 1,8% do total europeu.

Estes resultados foram reportados por 25 associações nacionais, incluindo a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

“Estes dados refletem a resiliência das empresas portuguesas, bem como o papel cada vez mais relevante do leasing, do renting e do factoring como instrumentos estratégicos de financiamento na economia nacional e de apoio à mobilidade”, refere Luís Augusto, Presidente de Direção da ALF, em comunicado.

“O crescimento sólido em todas as tipologias de leasing e o posicionamento de Portugal entre os mercados mais robustos da Europa em factoring confirmam a maturidade e competitividade do setor nacional”, acrescenta.

A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) diz ainda que, apesar do crescimento mais contido a nível europeu, “vários mercados registaram desempenhos expressivos. Destacam-se os Países Baixos, Polónia, Turquia e Portugal, com crescimentos significativos no volume de negócio”.